quarta-feira, 3 de março de 2010

POEMINHA



ARRANJOS

------Gerana Damulakis


Do tempo presente

em todo canto,

esgarço o que sou

e o que não;

solitária é a noite

sem estrelas,

tão na escuridão

profunda

do abismo,

que é assim

pintada:

o absoluto, o nada;

sempre pinto

o que escravizo

dentro de mim.

Agrade, ou não.



Ilustração: Rafal Olbinski

6 comentários:

  1. Geranaaa! Mas que arranjos os seus! Quanto talento. Baiano não nasce mesmo, estréia. Tem estrela, dom de existir. Gostei muitíssimo, exageradamente muito! Parabéns!!!

    ResponderExcluir
  2. Olá, sou amigo do "Anarchotique" e quero publicar alguns textos neste blog também.

    Como eu faço?

    ResponderExcluir
  3. Eu também gostei desse poema, só porque você não precisa lê-lo com suíta.
    E esse Rafael Olbinski hem... jurava que era arte do Magritte, se beija Rafa!

    ResponderExcluir
  4. "sempre pinto o que escravizo dentro de mim. Agrade ou não"
    Lindo até doer.

    ResponderExcluir
  5. agradou muitíssimo dentro de mim. tanto, Gerana. obrigada.

    ResponderExcluir
  6. Que bom, Gerana, poder conhecer sua poesia: tão bela!

    ResponderExcluir