planta uma festa.
Planta a música e os ninhos,
faz saltar os coelhinhos.
Planta o perfume das seivas e flores,
solta borboletas de todas as cores.
Planta abelhas, planta pinhões
e os piqueniques das excursões.
Planta a cama mais a mesa.
planta o calor da lareira acesa.
Planta a folha de papel,
a girafa do carrocel.
e a floresta flutua no mar.
Planta carroças para rodar:
muito a floresta vai transportar.
Planta bancos de avenida:
descansa a floresta de tanta corrida.
na mão de uma criança:
a floresta ri, rodopia e avança.
Luísa Ducla Soares in, O Meu Primeiro Albúm De Poesia; Dom Quixote
Este poema vem a propósito de uma notícia que li .
(...) “temos de ensinar as pessoas a compreenderem que, na maioria dos casos, os seus males não resultam das árvores, mas, frequentemente, da falta delas” , O Provedor do Ambiente e Qualidade de Vida Urbana de Coimbra, Massano Cardoso, insurge-se contra o abate de árvores na cidade, com o argumento de que elas provocam alergias, entre outros problemas de saúde pública. (continuar a ler aqui)
É uma realidade, cresce o número de pessoas com todo o tipo de "alergias" a toda a espécie de árvores.
A selva de cimento não se compadece...
interessante saber disso. obrigado por compartilhar.
ResponderExcluirÓtima postagem, é preciso alertar, alertar e alertar, do contrário um dia... não haverá um dia.
ResponderExcluirO poema é uma graça e o problema é sério. A nossa era vive o pânico e a alergia à VIDA!! Há mesmo que alertar e alertar e alertar. Instar com a vida sem parar.
ResponderExcluirMuito bom! gostei tudo de ler.
ResponderExcluir