sexta-feira, 19 de março de 2010

O caminho


E o meu caminho continua até ao infinito. Procuro o meu satélite, o meu luar. Enfrento o deserto na noite fria.
O caminho parece recto mas a ilusão de óptica não deixa perceber a real distância a percorrer.
Nem sei se estou perdida, se fui achada ou se este caminho já nem terá saída. Na verdade, pouco mais sei do que o que sabia.
O saber... que interesse tem. Confunde, intriga, faz querer sempre mais e mais. Felizes os que pouco sabem, pouco querem saber ou nem querem saber...Não sei, mas caminho. Devagar que as pernas pesam e o alimento é cada vez mais escasso, o corpo pede. Fome e sede... e o caminho.
A noite é companheira, traz o sentido do luar para me ajudar no rumo. Traz o sonho que mata fome e sede e embala a ansia do saber chegado.
Amanhã virá o dia, mais um, e o caminho, esse caminho que não sei onde me leva mas que procuro com toda a força que me resta, ainda procuro...

na sua génese aqui

Um comentário: