para habitar as porções desertas do mundo
No deserto
os grãos espalhados fazem todo o sentido.
Não é preciso nenhuma poesia nova
ou versos
lutando para despertar
o sono antigo e demorado
das pedras no deserto.
Não é preciso nenhuma poesia nova
ou imagens extravagantes
querendo provar que o deserto
precisa ser descrito e enaltecido
O deserto está para sempre ali,
na luta diária contra o vento,
na luta diária contra a noite fria,
na luta diária
do grão e da pedra,
contra os pés insistentes
e as palavras barulhentas dos ciganos.
Lindo poema, sensível, me fez viajar por desertos inesperados, desconhecidos, desertos...
ResponderExcluirLucia, gosto muito desta troca de sensações.
ResponderExcluirDe ser tocada pela sua sensibilidade, de me aproximar com o que escrevo da sua sensibilidade.
Tem sido muito bom "morar" nesta casa.
Beijos e bom dia
Olha só. Adorei!
ResponderExcluirLembrei-me instantâneamente de um livro lido, já coberto por alguma poeira: "No teu deserto" de Miguel de Souza Tavares. Conheci-o pessoalmente lá no encontro literário da Mantiqueira e só depois fui ler, É excepcional. Recomendo.
Se bem que não precisas...
Lindo!
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