Por que não a encontro?
Apalpá-la como se dura,
como quem alisa a rocha,
surpresa, por imaginá-la pura;
isso é perder-se de propósito
na floresta?
Sábia, esperando
ser colhida e viva, ela,
no monte sólido de cinzas
(donde a ave não renascerá),
parece flor, contemplativa.
Ilustração: Vendedora de flores, de Diego Rivera (1886-1957).
Conciso e belo.
ResponderExcluirdelicioso texto. Gostei. Boa semana
ResponderExcluirQuem espera sempre parece flor...
ResponderExcluircontemplativa...
contemplada...
ainda não colhida...
Adorei a pintura de Rivera
Beijo
Leca