segunda-feira, 22 de março de 2010
Apenas Igual ou Simplesmente Banal
Este poema
por Régis Bonvicino
Este poema
não chama a atenção
é igual a milhares
-sequer por um momento
iustra, apático, o passado
caça moscas
paga juros
não tem saco aéreo
víboras, ratos,
ladrões desprezam seu túmulo
uivam lobos de pelúcia
não tem futuro
é abelha cega com sua parelha de óculos
sua língua não é uma esponja
suas antenas farejam Drummond
não enxerga no escuro
não cria inimigos
não morre depois do ataque
não tem farpas
tolera o mundo
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RÉGIS BONVICINO é poeta, autor de "Página Órfã" (ed. Martins).
Publicado no Caderno Mais! da Folha de ontem.
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Maia, não sei ainda se gosto desse poema. Ele está me incomodando. Pode ser que por bem, pode ser que por mal. Sei lá :)
ResponderExcluirQuando souber, aviso.
Ele não tem nada demais.Simplesmente banal e por isso incomoda.
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