Ninguém meu amor
ninguém como nós conhece o sol
Podem utilizá-lo nos espelhos
apagar com ele
os barcos de papel dos nossos lagos
podem obrigá-lo a parar à entrada das casas mais baixas
podem ainda fazer
com que a noite gravite
hoje do mesmo lado
Mas ninguém meu amor
ninguém como nós conhece o sol
Até que o sol degole
o horizonte em que um a um
nos deitam
vendando-nos os olhos. Sebastião Alba [Roubado ao Miguel Carvalho. Mais poemas de Sebastião Alba aqui.]
Que texto bonito! *-*
ResponderExcluirMuito bonito, Thiara!
ResponderExcluirEsse Sebastião entende mesmo de amor!
ResponderExcluirComovente....
ResponderExcluirPra mim, veio como um presente!
Muio bom, um dos meus poetas preferidos...
ResponderExcluirBípede, se não entende, finge muito bem; mas, como muito bem disse Fernando Pessoa, um dos maiores poetas da Língua Portuguesa, «O poeta é um fingidor. / Finge tão completamente / Que chega a fingir que é dor / A dor que deveras sente.»
ResponderExcluirEliana, fico contente que tenha sido como um presente. :-)
ResponderExcluire veio com sol e tudo :)
ResponderExcluirÉ verdade!
ResponderExcluirAh a poesia.
ResponderExcluirAh esses poetas. Sao eles muitas vezes, o unico sol no horizonte.
Sem dúvida, Silvestre!
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