quinta-feira, 11 de março de 2010

Da série poemas favoritos

Sebkhed-Aridal - Marrocos
Romério Rômulo





eu faço poesia,

porque a vida não basta

e preciso dividir mistérios...

incertos, os marimbondos vazios,

me arrastam pela tarde.

o mel da manhã, fel em mim,

entope minhas veias.

quando os solavancos da palavra vão redimir meu corpo?

quanto de mim é fogo

e terra?

sobram um hiato das pontes, os rios

degenerados.

minha manhã dura

só faz o recomeço das coisas.

3 comentários:

  1. Eu não faço poesia e a minha vida também não basta. Pobre de mim!

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  2. Eu também não faço poesia, tampouco a vida me basta...Por isso, estou sempre recorrendo aos
    poetas!
    Não fazes poesia, mas escreves bem, e tens um
    senso de humor invejável!
    Bjs

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  3. Também nao posso dizer que faço poesia. Mas ela me faz. Por que também a vida nao me basta. Nem eu mesma.

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