O que mais me impressionou foi o cheiro. Alfazema, discretíssima, mas envolvendo toda a sala. E as flores, pequenas, bem amarelas, dizendo no seu idioma infantil: bem vinda! Depois do acidente, era a primeira vez que eu chegava em casa. E as pessoas estavam desconfortáveis, ainda que estivessem empenhadas em sorrir, fazer barulho, falar do tempo e da última cena da novela. Já era perto da hora do almoço e todos se movimentavam para ajudar, alguns visivelmente nervosos, e meu marido era o mais estranho deles. Seria muita crueldade esperar que ele ainda desejasse uma mulher com duas pernas a menos. A cachorra chegou e parece que sabia da minha fragilidade porque não saltou no meu colo, como faria antes. Deitou ao lado da cadeira. E tive a certeza de que estaria protegida em todos os cantos daquela casa nova.
Parece que ela chegou com duas pernas a menos, mas com um coração a mais.
ResponderExcluirForte, doloroso não? Mas forte...serás mais forte agora de casa nova, vida nova. Amei seu blog, posso vir aqui de novo?
ResponderExcluirBjo
UAU! WOW!! Piano, piano...Fortíssimo...
ResponderExcluirSpeechless...
ResponderExcluirNossa....forte, triste e cruel!! Muuuuuito bom...mudaram-se as duas casas, hein?
ResponderExcluirImpactante...muito bom!
Rafael
Punk, muito punk, mas doce, muito doce.
ResponderExcluirForte e real. Muito bom seu contito.
ResponderExcluirGostoso demais esta casa de todos!
ResponderExcluirO dia hoje foi muito exigente.
E cheguei em casa sem internet. Liguei pra operadora e uma moça eficiente me guiou, ditanto meus gestos, olha o modem, ve as luzes que estão apagadas, cadê o roteador, olha o cabo azul, troca o cabo amarelo e de repente,
pluctfh: estava conectada de novo1
E o primeiro endereço que visitei foi esta casa.
E tantos textos novos, tantas imagens novas, tudo concentrado na mesma residência artística!
Bom demaissssssss!
e mais?
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