quarta-feira, 10 de março de 2010

Que Livros Devemos Ler?


Hoje, na minha caminhada matinal pela Blogosfera,  quando circulava pelo diario gauche, fui surpreendido quando li trecho de uma carta de Franz Kafka para Oscar Pollack, escrita em 1904, e que fala sobre os livros e o ato de leitura.
Juro que isso me causou impacto:

“Acho que só devemos ler a espécie de livros que nos ferem e trespassam. Se o livro que estamos lendo não nos acorda com uma pancada na cabeça, por que o estamos lendo? Porque nos faz felizes, como você escreve? Bom Deus, seríamos felizes precisamente se não tivéssemos livros e a espécie de livros que nos torna felizes é a espécie de livros que escreveríamos se a isso fôssemos obrigados. Mas nós precisamos de livros que nos afetam como um desastre, que nos magoam profundamente, como a morte de alguém a quem amávamos mais do que a nós mesmos, como ser banido para uma floresta longe de todos. Um livro tem que ser como um machado para quebrar o mar de gelo que há dentro de nós. É nisso que eu creio.”

8 comentários:

  1. Faz bem sentido! Tem horas que é preciso tomar paulada na cabeça pra ver se a massa encefálica da uma chacoalhada e pega no tranco. Mas claro que também faz sentido continuar lendo livros que também nos fazem bem. Nada de extremos.

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  2. Eu faria uma comparação com a arte: eu prefiro a que causa impacto, desconcerta, inquieta e surpreende, para o bem e para o mal. Mas também sou partidária do equilíbrio e, portanto, capaz de admirar um jarro de flores pintado com uma técnica irreprensível. Ou falando de cinema, assistir a um filme tipo sessão da tarde, só para rir e simplesmente não pensar em nada sério, ou não pensar.

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  3. Não concordo. A gente precisa de tudo, cada coisa em sua medida. Eu gosto de livros que me espancam. Já estou convencida do meu masoquismo. Mas também gosto de livros que me oferecem um pouco de férias. Menos do que dos outros, já falei que sou masoquista.

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  4. Ufa, meninas, ainda bem que vocês pensam como eu. Isso me conforta. E viva o equilíbrio.

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  5. Não concordo mesmo, por mais triste que seja a história espero pelo final feliz ou por uma saída até o último momento. Estou muito mais para a Jane Austin e Vinicius de Moraes. Uma pitada de masoquismo vai bem, mas acho que a literatura que corta, se não for de excelente qualidade (Dostoievsky) vira apelação. É muito mais difícil fazer uma poesia sobre a beleza de uma rosa, sem ser piegas, do que descrever algo chocante e que facilmente prende a atenção.

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  6. O texto faz pensar e provoca reações. Já por isso é bom. E assim devem ser os textos, os livros, os contos as estórias. Devem fazer pensar e provocar reações. A pancada liberta... kkkkkkkkkkkkkkkkk

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  7. Desculpem, mas sou do tempo em que estória era com "E" e história era com "H".

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  8. Uma coisa, uma coisa... Outra coisa, outra coisa...
    kkkkkkkkkkkkkkkk

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