É fato que sempre estamos a procura de coisas, idéias, pessoas, pensamentos, relações, lugares, novidades. Vivemos num frequente descontentamento descontente e o curioso é que muitas vezes tudo aquilo que buscamos está muito mais perto de nós do que podemos imaginar. Nem sempre valorizamos aquilo que já é nosso. Muitas vezes nos ocupamos com a busca incessante daquilo que nos falta, daquilo que pertence aos outros, daquilo que está nas vitrines, daquilo que é vanguarda.
Criamos tantas expectativas na busca do perfeito, do aparantemente impossível que acabamos por condicionar nossa felicidade a padrões que nem sempre nos comportam, nos suportam, nos competem.
Algo pra se pensar com profundidade.
Pois então... além de pensar fui fazer terapia e esta questão passou a ser bem resolvida. Ser feliz é fundamental, mas mais importante foi perceber que a felicidade não é um lugar, um estado onírico que se alcance e sim, o estado de espírito da contínua jornada. Ser feliz é caminhar em paz e equilibrado sem precisar "chegar lá"... É valorizar as "minhas importâncias", os meus objetivos e aqueles que caminham ao meu lado.
ResponderExcluirMas isso também é contraditório. De certa forma, sempre temos que olhar para novos objetivos, que estão a frente, pra não cair no tédio. Eles podem sim estar ao nosso lado em muitos casos, mas o ser humano é inquieto, e sempre busca algo novo, que possa trazer uma sensação diferente das que já foram vividas.
ResponderExcluirEu já me compliquei todo, e sinceramente, não tenho opinião formada. Haha
O meu resumo da ópera é mais ou menos o seguinte: não sou uma pessoa que costuma buscar muitas novidades, mas que simultaneamente costuma recebê-las bem. Como não existe receita perfeita, cada um tem de encontrar o seu jeito e aprender a regular o próprio ego. E assim vou vivendo, às vezes, mais contente, às vezes, menos, mas razoavelmente feliz.
ResponderExcluirTarde, concordo contigo que felicidade seja esse estado de espírito contínuo. E é justamente por isso que questiono e me questiono se estou criando condicionantes materiais ou não para ser e viver feliz.
ResponderExcluirNão sei se li isso numa revista contigo da vida ou foi um filósofo estóico que me ensinou. Era mais ou menos isso: estamos presos a duas âncoras, flutuamos o dia a dia ancorados em dois pólos, duas caixas. Uma se chama nostalgia e a outra esperança. E, por causa delas temos uma grande dificuldade de viver bem o dia presente, o dia de hoje, o momento agora. E por isso, todo dia navegamos naquela zona -- que os peritos em negociação chamam de ZAP (zona de acordo possível) -- em que somos obrigados a fazer - sempre a toda a hora, todo o tempo -- nossos próprios acordos diários. Para viver uma vida melhor temos de esperar um pouco menos, lamentar um pouco menos e amar um pouco mais, como disse o filósofo francês, André Comte-Sponville.
ResponderExcluirValeu, Carlos.
ResponderExcluirRaquel... estas condicionantes materiais sempre vão existir. Pelo menos, de meu ponto de vista, seria impossível sem elas. Coisas, lugares, uma boa música e por ai vai. É certo que já me livrei de muitas delas, mas outras já acho impossível...
ResponderExcluirCom certeza as condicionantes vão sempre existir. O fato é saber selecionar as condicionantes, para que não nos frustremos por aquelas que nem são essenciais assim.
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