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Ele há dias que antes de acontecerem, “aparecem-nos” momentos, que de tão espontâneos parecem ter "acontecido" há tanto, há muito, quase destinados a fazerem parte das “impressões” que não haverão de se descolar tão cedo, contornando tão ligeiros, a mera possibilidade da nossa impossível eternidade…
O que foi um “simples” graffitamento de palavra, numa caixa de comentários, deu nisto:
imagino a outra metade coberta por um véu, a espessura, a sombra, um enigma por decifrar, o sol que divide as mãos, ou mesmo uma dança, dois corpos na proa de um barco, mas regresso sempre a mim e confesso a mão com o peso da raiz em comunhão...
Gisela Ramos Rosa, 11-04-2010
Leonardo B deu continuidade à minha prosa deixando-me um comentário....assim:
[... que sulcará a tua terra anónima,
o teu traço ignoto,
um broto de mar selvagem,
acontecido em ti,
impossível em ti então,
minha mão traça,
o barco que se atravessa no fundo de mim,
do barco sem fundo, sem remo
- Apenas um fragmento breve do corpo do mundo;
corpo eu, corpo tu, casa improvável breve azul mundo]
Leonardo B., 11-04-2010"
Parece irrelevante? Mas o que não nasce das nossas mãos, para o parecer como tal?
Bizarril, 11.04.10
[imagem: reprodução de I Want Dance, de Bram Antareja… e por favor, visitem a esplanada deste fotógrafo (só para não dizer que é obrigatório!)]
Essas sintonias inesperadas são muito estimulantes e gratificantes. De irrelevante não tem nada!
ResponderExcluire tudo se encaixando e dando um sentido de grande beleza.
ResponderExcluirNão perece irrelevante!
ResponderExcluirÉ a sintonia de almas!
E como não acreditar em tal?
Beijo
=)