segunda-feira, 26 de abril de 2010

DUAS VIDAS (para quem tiver paciência para a ler).

Esta história, escrevi-a para a Filipa, que está a aprender a ler. Um dia, saberá que a escrevi a pensar nela.
É dedicada a todos os miúdos, mutilados no corpo e na alma, por guerras sem sentido,e a todos aqueles que lutam diáriamente para os ajudar.

Suku-Nzambi criou aquele mundo. Aquele e outros, todos os mundos. Suku-Nzambi, cansado pôs-se a dormir. E os homens saíram da Grande Mãe Serpente, a que engole a própria cauda.
Feti, o primeiro, no Centro foi gerado pela serpente de água e da água saíu. Nambalisita, no Sul, do ovo saíu, partindo a própria casca. Namutu e Samutu, os dois gémeos de sexos diferentes, pais dos homens do país lunda, da serpente mãe directamente saíram.
A obra de Suku-Nzambi estava completa. Mas nunca se interessou por ela. E a obra de Suku-Nzambi parecia esquecida de viver.
Até hoje os homens, parados, atónitos, estão à espera de Suku-Nzambi. Aprenderão um dia a viver? Ou aquilo que vão fazendo, gerar filhos e mais filhos, produzir comida para os outros, se matarem por desígnios insondáveis, sempre à espera da palavra salvadora de Suku-Nzambi, aquilo mesmo é vida?
In “Parábola do cagado velho”
Pepetela

João Simanco, estava há algum tempo sentado num dos bancos, debaixo daquele enorme caramanchão coberto de buganvílias, logo a seguir ao Porta-Aviões, na Praia Morena. ( O mesmo caramanchão, para onde fui tantas vezes namorar, e que ficará para sempre ligado ao Let´s Twist Again. Foi aí que o ouvi pela primeira vez, e talvez por isso, sempre que o ouço, sou invadido por uma enorme nostalgia.)
Tinha adquirido esse hábito, alguns anos antes, logo após ter chegado a Benguela, fugido da guerra que entretanto se instalara na zona do Cubal. Nunca antes tinha visto o mar, e o deslumbramento dessa descoberta, mantinha-se inalterado como no primeiro dia.
O Sol já se punha e esse era o seu momento preferido. Ver tanto azul, com um rasto vermelho de sangue até ao horizonte. Essa infinita quantidade de água, fazia-lhe lembrar as planícies imensas da sua terra natal , onde pastoreava o seu gado.
A vida não lhe tinha sido fácil. A falta de um braço, precisamente o direito, tinha condicionado toda a sua vida e tinha-o feito pastor. Tomava conta de todo o gado que havia na aldeia, ele, e outros como ele.
Aos 16 anos era um miúdo igual a todos os outros,com um futuro pela frente e mil anseios à espera de serem cumpridos. Um dia munido da sua zagaia e da sua catana, tinha ido caçar com outros miúdos, coisa que era habitual, mas esse dia marcou-o para sempre. Quando estava a emboscar-se, para atirar a uma cabra do mato, no preciso momento de retesar a corda do arco, inadvertidamente pisou uma surucucu, que em troca lhe mordeu a mão direita.
Longe do Cubal, e da sanzala, percebeu de imediato que tinha alguns minutos de vida. Rápidamente puxou da catana e cortou o braço, bem acima do cotovelo. Ainda teve forças para fazer um garrote e arrastar-se até à aldeia paterna. Aí como mandava a tradição, foi tratado pelo kimbanda, que recorreu a todos os pós, ervas e poderosas rezas. Mas como a tradição já não é o que era, ou porque o kimbanda era adepto das medicinas alternativas foi transportado ao Cubal, onde lhe administraram soro e antibióticos. Esteve longo tempo entre dois mundos, mas salvou-se. Jamais se saberá se foi a verdadeira medicina do kimbanda ou a medicina alternativa, que o salvou. Apesar de tudo, pagou um alto preço pela sua determinação e coragem.
Estava João, embrenhado nestes pensamentos, que lhe ocorriam frequentemente, quando viu a alguns metros um miúdo, com cerca de 12 anos, sem pernas, arrastando-se junto aos caixotes de lixo, disputando aos cães, os restos de comida que ninguém já queria. Era frequente vê-lo por ali, acompanhado de muitos outros miúdos menos estropiados, mas nesse dia, sem motivo aparente, decidiu chamá-lo e conversar um pouco com ele.
-Oh miúdo, anda cá.
-Como te chamas?

O miúdo lá veio, arrastando-se e disse:
- O meu nome é Samuel Jovete, e tu o que é que queres sékulo?
- Senta-te aqui só um bocadinho e conversa comigo.

João agora mais de perto, apercebeu-se que o miúdo, tinha um ar esquelético, barriga grande, cabelo desgrenhado, olhos encovados e envelhecidos e umas feições moldadas pelo pânico da necessidade de sobreviver. Nem um esboço de qualquer alegria.
- Onde estão os teus pais?
- Os meus pais, velho, morreram na guerra do Huambo. O resto da minha família, perdi-os quando fugiram. Eu fui trazido para Benguela pelos Médicos sem Fronteiras, para pôr umas proteses no lugar das pernas. Pisei numa mina quando tentava fugir. Mas, faz tempo já, me abandonaram aqui. Eu já não acredito. Ao principio, parecia um sonho, ía ter duas pernas novas, mas agora acabou. Não é fácil sonhar. Até já me alcunharam de meio-meio .
Aquele momento, sem que ele próprio o soubesse ainda, mudou a vida de João Simanco. Sempre tinha permanecido solteiro por opção própria, também quem é que iria querer um pastor, e ainda por cima incompleto? Jamais tinha conseguido juntar bens, que pudessem pagar um alambamento decente.
Sabia, por experiência própria, o que tinha sido a guerra do Huambo. O seu querido Cubal, também tinha passado pela mesma guerra fratricida. Irmãos matando irmãos, miúdos envolvidos naquele desatino quando deveriam estar a brincar, ausência de qualquer alegria, famílias destruidas para sempre e, para os que sobreviveram, pela frente perspectivas de nenhum futuro. Até Iemanjá, a grande deusa das águas se tinha desobrigado de qualquer intervenção apaziguadora, e constava-se que naquelas terras, até os rios tinham começado a correr ao contrário.
A angústia e o desespero daquele miúdo, tinham-lhe tocado bem fundo e decidiu de imediato, que talvez dois incompletos, um miúdo sem pernas e um velho sem um braço, pudessem juntar-se, e tentar viver uma vida melhor .
Além do mais João vivia na sanzala da família, e pelo menos comida ele podia oferecer ao miúdo. Há muito se tinha apercebido, da enorme catástrofe que se abatera sobre a sua terra, e da multidão de miúdos em idênticas condições, para quem o futuro nem sequer existia. E todos os dias se juntavam novos mutilados, a esta legião imensa. A juventude de Angola, andava literalmente e no melhor dos casos ao pé coxinho.
Ao menos tentaria que um deles tivesse comida, e calor humano. Era muito pouco, bem o sabia, mas pensava, que se todos fizessem o mesmo, talvez o futuro destes miúdos, não fosse tão negro.Além do mais, quem sabe o que poderia suceder?
- Olha Samuel, eu sou um velho maluco, mas estou como tu sózinho, neste mundo sem Deus. Vem viver comigo, que ao menos tens comida, e o futuro sabe-se lá.

Por um muito breve momento, os olhos de Samuel brilharam e contra tudo o que seria de esperar, provávelmente pela grande desesperança em que se encontrava, aceitou.
- Velho, moras longe? É que eu não posso andar longas distâncias, se é que se pode dizer andar.

João sorriu. O miúdo , era uma carga de ossos e mesmo com um braço podia carregá-lo fácilmente. E não estava assim tão velho.
- Vamos embora. Eu moro na sanzala junto ao Bairro da Peça, e posso nas calmas levar-te ao colo. Afinal tu és um meia dose, não pela falta das pernas, mas porque pareces uma pena.
Nessa noite, pela primeira vez, desde há muito tempo, Samuel teve uma refeição decente, quente, e dormiu numa esteira sua, dentro de uma cubata. Apesar de ser um sono inquieto, recortado como habitualmente, por imagens de horrores passados e presentes, sentia o calor de estar de novo, entre gente que o protegeria se fosse necessário.
Foi acordado pelos raios de sol, entrando pela cubata, e por um delicioso cheiro de café que entretanto o velho tinha feito.
Ainda estremunhado, viu entrar na cubata, uma mulher jovem.
- Miúdo, eu sou a Maria Saparalo . Sou sobrinha do velho João. Ele teve de saír e encarregou-me de tratar de ti, portanto ainda antes do mata-bicho, vou-te cortar o cabelo e dar-te banho. Assim pareces um bandido, daqueles muitos que andam por aí.
Dito e feito. Samuel, nem teve tempo de refilar. Viu-se com um pano à volta do pescoço, e a Maria de tesoura na mão. Findo o corte radical, foi de imediato metido numa selha e lavado. No fim teve direito a roupas limpas.
- Pronto, agora já pareces gente. Vais viver aqui connosco, tens pelo menos de não cheirar mal. Quando o velho vier, logo combinas com ele o que vais fazer.
- Maria, eu não vou fazer nada, como é que eu posso fazer alguma coisa? Sem as pernas, o que é que me resta para fazer?

- Miúdo, o teu pior defeito, não é a falta das pernas, é seres burro. Toda a gente pode fazer alguma coisa, tens é que te esforçar e pensar no que é que gostarias de fazer e de ser. Queres voltar para os caixotes do lixo? Achas que isso é vida, comer o que ninguém já quer, e ter ainda que dividir com os cães?

Após o mata-bicho, Samuel ficou durante muito tempo, ensimesmado, pensando na sua vida antiga, nos seus pais e irmãos, naquilo que poderia ter sido, pensando que o que ele sempre gostou de vir a ser era jogador de futebol. Mas, sem pernas? O que é que faz um miúdo sem pernas? Há jogadores assim?
O dia foi-se arrastando, Maria veio buscá-lo de novo para comer, e já à tardinha apareceu o velho.
- Então Samuel, como é que foi o teu dia?
- Deixaste-me aqui sózinho, veio aí uma maluca, que me cortou o cabelo rente, deu-me banho, xingou-me, e ainda perguntas como é que foi o meu dia?
- Samuel, a Maria é uma mulher dura, por tudo o que a vida lhe fez, mas dentro dela tem um coração de ouro. Verás isso quando a conheceres melhor. Seja como for, andei a tratar de planos para ti. Amanhã, começas na escola, tens que aprender as coisas, e depois logo se verá.
- Mas velho, como é que eu vou à escola, assim sem pernas?
- Na escola, não precisas das pernas. A gente pensa, é mesmo com a cabeça, e essa ainda não te cortaram, e a Maria já te disse, vai-te levar e trazer.
De facto Maria, lavadeira toda a vida, era também refugiada, oriunda do Longonjo . Na mesma guerra, em que o Samuel tinha perdido os pais, tinha ela perdido o marido, e tinha visto morrer um filho, vítima de uma explosão de napalm lançado por dois aviões, da qual só escapou milagrosamente.
Teria preferido morrer certamente, mas a morte tem destas coisas, ceifa indiscriminadamente. Mas, Maria Saparalo, não era mulher que se dobrasse a qualquer infortúnio, e acreditava que se a morte a tinha poupado, lá teria os seus desígnios. Por isso, seguiu em frente com uma coragem verdadeiramente exemplar. Vivia amancebada com um mecânico de automóveis, embora a situação actual tivesse feito dele um polivalente, mas nenhum deles tinha filhos. Talvez por essa razão, tomou conta de Samuel como se do seu filho se tratasse.
Decorridas duas semanas, já o menino, se apresentava muito melhor fisicamente, ía contrariado à escola mas ía e a sua cara de vez em quando, muito raramente já mostrava um esboço de sorriso.
Um entardecer, aparece João, com uma cadeira de rodas, enfim, mais ou menos. O companheiro da Maria, já vimos, era mecânico, e tinha arranjado no ferro-velho dois aros de bicicleta. A partir daí, com madeiras e a ajuda de um carpinteiro, tinham fabricado a dita cadeira de rodas. Sem pneus que isso já eram mordomias, mas para o Samuel, quando a viu pareceu-lhe um carro de luxo. E para completar, a Maria fabricou-lhe umas luvas de lona e pano, daquelas a que faltam os dedos, próprias para conduzir.

A partir desse momento, passou a ver-se o Samuel completamente independente. Corria Benguela inteira, tratando da sua vida. Ou da vida dos outros, pois era frequente pedirem-lhe para fazer recados. Era conhecido junto dos amigos, pela sua alcunha favorita: Ayrton Sena.
Numa dessas deambulações, e a troco de um qualquer serviço, arranjou um canivete, e foi como se um mundo novo se tivesse aberto.
Começou a brincar com pedaços de madeira que ía toscamente esculpindo, e com o tempo, começou a esculpir bonecos de artesanato, que se foram tornando progressivamente melhores. Arranjou outras ferramentas, e das suas mãos passaram a saír objectos, absolutamente maravilhosos.
Juntos, ele e o velho João, percorriam as ruas vendendo os objectos que ele ía fazendo. O dinheiro embora pouco, permitia-lhes terem algumas comodidades, a que nem sequer estavam habituados.
Ao mesmo tempo, a amizade entre estes dois ía crescendo, de tal modo, que o tempo que Samuel estava ausente ou porque estivesse na escola, ou porque estivesse na brincadeira com outros miúdos, se tornava penoso para o velho.
Um dia, já Samuel estava na 4ª classe, estavam a vender as suas estátuas, junto ao antigo Liceu na Praia Morena, quando foram abordados, por um branco que passava.
- Miúdo, quanto custam as tuas estátuas? És tu que as fazes?
- Sou eu chindere . Custam 10.000 kwanzas cada uma.
- Olha, são todas muito bonitas, mas eu não quero nenhuma. Aquilo de que eu ando à procura é de um elefante em pé sobre as patas traseiras. Se me fizeres um, eu compro-te.

Samuel, pensou que o pedido era bem estranho, onde já se viu um elefante em pé, mas já se tinha também habituado, aos estranhos costumes desses brancos estrangeiros, que tinham invadido a sua terra. Além do mais se lhe pagassem faria qualquer objecto.
- Está combinado. Dentro de três dias está pronto.
- Óptimo, que eu vou para Luanda para a semana, só estou aqui de férias.

Foram bastantes horas de trabalho. O pedido era dificil , e ele nunca tinha feito uma escultura daquelas, mas no dia aprazado, lá estava o estranho e lá estava o Samuel com o seu elefante.
- Olha, miúdo tenho pensado muito em ti. É raro ver alguém tão novo e com tamanha habilidade. É uma pena o que te aconteceu, mas vamos combinar o seguinte. Eu sou médico, e por acaso tenho alguma influência em Luanda. Não te prometo nada, mas pode ser que consiga alguma coisa. Vou levar a tua direcção. Quanto ao elefante é de facto muito bonito e ficarei com ele.

Samuel, não respondeu.
A vida tinha-lhe ensinado, que não era fácil sonhar, e já lhe tinham prometido umas pernas novas. Embora soubesse que o trabalho dos Médicos sem Fronteiras, era meritório, tinha consciência que era um entre muitos milhares de meninos nas mesmas condições, e deixara há muito de acreditar que a sorte poderia estar do seu lado. De qualquer modo, ficou agitado nesse dia e nos seguintes. Nada que o velho lhe fizesse o conseguia animar. Os próprios estudos se ressentiram disso, mas apesar de tudo conseguiu passar na 4ª classe. Vieram as férias grandes e pela primeira vez foi frequentar o Liceu. Não o velho Liceu da Praia Morena, tão cheio de tradições e memórias para quem o frequentou, mas para o liceu novo, lá para os lados do aeroporto.
Já o segundo período ía a meio. Um dia no regresso a casa, vê o velho que vinha esbaforido ao seu encontro.
--Samuel, chegou carta de Luanda. Tens que te apresentar dentro de quatro dias para ires para a Alemanha .O médico demorou, mas cumpriu.

Tudo aconteceu muito rápido. Samuel nem teve tempo de se aperceber do que estava a acontecer. Viu-se metido dentro de um avião militar, esteve três dias em Luanda e ei-lo a caminho da Alemanha, juntamente com outros miúdos mutilados como ele.
Passaram-se dois anos. O velho João definhava com a falta de notícias. Só de longe em longe ía sabendo por terceiros que Samuel estava vivo. Já tinha até perdido a esperança de o voltar a ver. Miúdo mal agradecido, pensava ele. Depois, de tudo o que fiz por ele, esqueceu-se de mim. É o mal desta juventude angolana. Não conhecem nada a não ser a guerra, os pais morreram e eles habituaram-se a viver sós e a depender de si mesmos. Provávelmente, não volta, também quem é que voltaria para um pobre pastor como eu?
Mas, a vida é isso mesmo, um baile de cicatrizes. Há que aguentar mais esta.
Um dia, ao entardecer, como habitualmente João estava sentado no seu banco favorito a ver as planícies imensas da sua terra natal.
Naquela altura em que o sol já é apenas morno, e se sente na pele como uma carícia, naquela altura em que o mar já só é vermelho, vê aproximar-se do lado do Porta-Aviões, um adulto jovem, alto, bem parecido, que chegou e se sentou a seu lado, sem dizer uma única palavra. Ficaram os dois longo tempo a ver o mar.
- Avô, já é noite. É tempo de regressarmos a casa.

NOTA: Samuel é hoje, um membro importante da Christien Children Fund, e bate-se árduamente por todos os miúdos daquele continente, que tiveram uma sorte semelhante à sua. Por sua iniciativa, muitos miúdos em diversos países, já foram restituidos a uma vida normal. O seu avô, acompanha-o para todo o lado, mostrando no rosto, o orgulho imenso do seu neto. Apesar da insistência de Samuel, nunca permitiu que lhe pusessem uma prótese.
Afinal, cumpriu o seu destino de pastor. Só que desta vez, de almas.
Quanto ao elefante, por obra do destino, está em meu poder, e é uma lindíssima peça de artesanato africano.
Todos os factos narrados nesta história, são quando tomados isoladamente, verdadeiros. A ficção aparece quando resolvi juntá-los. Apenas para dizer, que o sofrimento daquele povo, é meu também.

GED

5 comentários:

  1. GED, nao é preciso paciência para ler até ao fim. E preciso estômago. Estas realidades, para alguns como eu, tao distantes, custam muito a absorver. A história tem tanto de duro, pela cruel e crua realidade que retrata, como de comovente, por retratar também algumas das coisas mais bonitas que o ser humano pode ser, mesmo no meio de tanto sofrimento. Obrigada pela partilha.

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  2. GED, sonhar não é fácil. Sobreviver, viver, ter dignidade, força, auto-estima não é fácil. O seu texto, como disse a Estrela, não exige paciência, nenhuma. Exige uma respiração mais profunda e um lencinho para enxugar as lágrimas. É uma fala olhos nos olhos, coração no coração. Estou entristecida e ao mesmo tempo orgulhosa por ser gente. Gostaria muito de um dia ver o seu elefante. Se for possível, coloque para a gente a fotografia aqui ou em um dos seus outros blogs, todos profundamente humanos e fraternos como você.

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  3. GED, história triste como é triste essa realidade. Esse mundo é mesmo muito desigual.

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  4. Ged, fiquei muito feliz de ter lido. Agradeço-te por me mostrar que o mundo vai além do nosso umbigo. Obrigado.

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  5. Para dizer o mínimo: pungente!
    Para dizer o máximo: excelente!

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