Correm-me rios nas veias
Muitos lhes conheci já na foz
Rios gordos desabando no grande mar
Outros encontrei nos caminhos
Rios de sim e não
Rios suficientes
Vadiando águas em festa
Nunca conheci pequeninos
Não perguntei
Vi rios amigando com outros rios
Rebolando nas pedras
Engravidando margens
Conheci rios de ser feliz
Deixei-me levar
Rios com cais
Atracando barcos e vidas
Rios doces, cheirosos
Tresandando a rosmaninho
Rios de memórias
Correndo ao contrário
Rios de permanecer
Acabei por ficar
GED
O que me "pega", me envolve, me fascina, na poesia é, muitas vezes, apenas um verso, outras vezes é uma palavra.
ResponderExcluirAqui: "Rios suficientes
Vadiando águas em festa". Maravilhoso!
Gostei muito deste poema e de todos os seus rios, Ged. Parabéns!
ResponderExcluirImpactante como os outros. Nas sua veias correm mesmo rios de palavras, ideias e emoções.
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