quarta-feira, 21 de abril de 2010

CONSTRUÇÃO

Há tanto de Chico Buarque...
Amou daquela vez como se fosse a última...
Que importa ser a primeira ou a última
Ou se a última é como se fosse a primeira.
Importa que seja única.
Importa que jamais se esqueça.
Importa que os actores não fiquem na penumbra.
E que as olheiras dos sonhos sejam de sonhos bons.
Importa romper as madrugadas
Na certeza de um novo dia ao virar da esquina.
Importa sugar a vida, até nada mais restar.
Importa sobretudo, que ao entregar a chave
O façamos com alegria.

GED

Um comentário:

  1. Acabo de descobrir um dos traços que me fascina em seus poemas por causa da última frase. É porque você é generoso com as palavras e com as sensações.

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