quinta-feira, 22 de abril de 2010

A força natural da criação

fotografia de Paulo Veiga do site olhares


Tem dias que parece que não vale a pena, as ideias fervilham na cabeça, enrolam-se debaixo da língua, fazem quase uma bola de fogo que vai queimando, queimando, mas não conseguem encontrar porta de saída através dos dedos. Ficam ali fervilhando, e por muito ambiente que se crie, voltas que se dêem, as palavras ficam assim, presas cá dentro como um caldo borbulhoso, um géiser que a qualquer minuto pode soltar seu vapor e só nessa altura se dá explosão criativa, até lá o melhor é fazer trabalho de bastidor, seremos todos assim??

7 comentários:

  1. Lou, tem dias e não são poucos em que também me sinto assim.

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  2. Dá-me um pouco de raiva quando isto acontece, mas já percebi que não vale a pena desperdiçar energias em pensamentos não criativos ;) páro um pouco e voilà, já tenho 2 coisas para amanhã. É por isso que eu adoro a minha almofada, inspira -me :) beijos

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  3. Lou, eu não sei se com todo mundo, mas comigo acontece, sim. Antes eu sentia uma ansiedade enorme quando esse bloqueio me acontecia, temia nunca mais conseguir voltar a criar. Agora, mais confiante, estou aprendendo a lidar com isso, como você.
    Acho muito legal dialogar sobre o processo da escrita e da criação, o que em geral acontece pouco.

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  4. Sim é bom falar. Ainda estou um pouco bloqueada mas mais descontraida :) .

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  5. Sim todos somos assim. Quando a cabeça "crasheia", como diz a estrela do mar em seu último post, é melhor pensar com os dedos....

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  6. Lou... acho que há "dias não", expressão que conheces bem, por viveres cá deste lado do oceano, e nos dias "não"...estamos "não" para tudo e para todos, inclusive travamos a escrita, a fala, qualquer comunicação, até mesmo connosco... E como diz (agora vou misturar culturas), Walter Franco, em uma música sua, cantada por tantos cantores brasileiros SERRA DO LUAR: "Viver é afinar o instrumento
    De dentro prá fora.
    De fora prá dentro.
    A toda hora, todo momento...
    Tudo é uma questão de manter
    A mente quieta
    A espinha erecta
    E o coração tranquilo"

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  7. Acontece com todos que escrevem. E depois passa.

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