fotografia de Paulo Veiga do site olhares
Tem dias que parece que não vale a pena, as ideias fervilham na cabeça, enrolam-se debaixo da língua, fazem quase uma bola de fogo que vai queimando, queimando, mas não conseguem encontrar porta de saída através dos dedos. Ficam ali fervilhando, e por muito ambiente que se crie, voltas que se dêem, as palavras ficam assim, presas cá dentro como um caldo borbulhoso, um géiser que a qualquer minuto pode soltar seu vapor e só nessa altura se dá explosão criativa, até lá o melhor é fazer trabalho de bastidor, seremos todos assim??
Lou, tem dias e não são poucos em que também me sinto assim.
ResponderExcluirDá-me um pouco de raiva quando isto acontece, mas já percebi que não vale a pena desperdiçar energias em pensamentos não criativos ;) páro um pouco e voilà, já tenho 2 coisas para amanhã. É por isso que eu adoro a minha almofada, inspira -me :) beijos
ResponderExcluirLou, eu não sei se com todo mundo, mas comigo acontece, sim. Antes eu sentia uma ansiedade enorme quando esse bloqueio me acontecia, temia nunca mais conseguir voltar a criar. Agora, mais confiante, estou aprendendo a lidar com isso, como você.
ResponderExcluirAcho muito legal dialogar sobre o processo da escrita e da criação, o que em geral acontece pouco.
Sim é bom falar. Ainda estou um pouco bloqueada mas mais descontraida :) .
ResponderExcluirSim todos somos assim. Quando a cabeça "crasheia", como diz a estrela do mar em seu último post, é melhor pensar com os dedos....
ResponderExcluirLou... acho que há "dias não", expressão que conheces bem, por viveres cá deste lado do oceano, e nos dias "não"...estamos "não" para tudo e para todos, inclusive travamos a escrita, a fala, qualquer comunicação, até mesmo connosco... E como diz (agora vou misturar culturas), Walter Franco, em uma música sua, cantada por tantos cantores brasileiros SERRA DO LUAR: "Viver é afinar o instrumento
ResponderExcluirDe dentro prá fora.
De fora prá dentro.
A toda hora, todo momento...
Tudo é uma questão de manter
A mente quieta
A espinha erecta
E o coração tranquilo"
Acontece com todos que escrevem. E depois passa.
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