Essa época que antecede o Dia das Mães é estranha. Algumas propagandas são elaboradas não sei com qual finalidade, se para exaltar, para consolar, para elevar a auto-estima... A mãe aparece sempre como aquela que deixa tudo de lado, inclusive a própria vida, para dedicar-se aos filhos... Como uma pessoa que deixa de ser ela mesma pode ensinar a outra o que é ser feliz? O amor de mãe parece que vem com receita, e a pobre coitada, que também é filha, e também é criança, acaba por acreditar que deve ser assim, e muitas vezes exerce um amor cego e possessivo sobre os filhos. E isso é amor? Ou amor é ajudar a crescer, deixar livre para que escolhas sejam feitas? Ser mãe não é ser bengala, é caminhar ao lado. É estar ali para confortar um possível tombo, mas não para evitá-lo. Sou mãe, e filha. E fui criada com o amor que liberta, o amor que incentiva, que diz: "vai, meu filho, o mundo é teu; mas se quiseres voltar, sempre terás um lar." E é esse amor que sinto por minha filha. Sem amarras. E se preciso for, a deixarei que seja feliz, longe dos meus olhos. Eu chorarei de saudade, pela falta dela, mas só de imaginar um sorriso seu, me confortarei.
Renata Bezerra
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirWol gostei daqui!!
ResponderExcluirparabeéns vc escreve muiito bem!!
a to te seguindo.
se der passa la.
CAOS MUNDIAL - CLICA AQUI, SEGUE E COMENTA??
Eu me sinto tão feliz com cada conquista que o meu pequeno realiza que não sobra espaço para sofrer pelo que fica para trás. Ele está vivo e andando, transformando-se dia-a-dia em um bípede muito digno.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirSe todas as mães entendessem o ser mãe dessa forma... era perfeito. Mais uma vez... Parabéns!
ResponderExcluirBeijos
RÊ
Amar é permitir ser livre. Quem ama, liberta! Mães entendem isso com a alma, ainda que sob os pesares da tristeza, sabem que por trás da aparente perda há algo imensamente maior. Por isso, ainda está para nascer amor maior do que o amor de mãe.
ResponderExcluirAbraço!