Aquilo que o Governo chama "cultura" é o que usualmente chamamos Arte: Literatura, Música, Pintura, Escultura, Arquitetura, Teatro, Fotografia, Dança, Cinema, Quadrinhos. Há ainda a "arte popular", com suas manifestações peculiares, suas circunstâncias regionais específicas e suas escolhas estéticas, do mais simples ao mais complexo.E é por isso que me espantei de ver que, na capa da Nova Lei da Cultura: material informativo sobre o projeto de lei que cria o programa nacional de fomento e incentivo à cultura, não se representa a Literatura. Ora, a literatura, como manifestação artística (ou, se preferirem, cultural), é tão antiga quanto o homem. Nasceu nas paredes das cavernas, com as pinturas rupestres, que são, grosso modo, narrativa e poesia, as duas essências básicas da literatura. Posteriormente, os "desenhos" se transformaram em palavras, frases, textos, os gêneros literários como os conhecemos hoje: poesia, conto, romance etc.
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Mayrant, vi a pouco esse post no seu blog. Estou tão indignada que não consigo nem escrever algo que não seja pura raiva e revolta. Que bom que você trouxe o post para cá. Trata-se de uma notícia muito importante!
ResponderExcluirTá, muito boa a sua observação do desenho, ou foto ou como queira, da capa. Mas lá dentro, no corpo da Lei a literatura é aplamente contemplada como todas as outras formas e manifestações culturais. Creio que seu "post" induz as pessoas a engano. Mais cuidado amigo. Eu, por exemplo, não vejo importância nenhuma se a capa é azul, vermelha ou amarela. Me interesso pelo conteúdo e este está em ordem. E, diga-se, eu li o projeto de Lei em questão, tenho uma cópia e posso mandar para quem quer que se interesse. Além do mais, o interessado poderá obter a íntegra do Projeto no seguinte endereço: http://www.cultura.gov.br/site/2010/02/03/74194/
ResponderExcluirNão creio que Tarde tenha lido o texto todo... Certamente que não. Eu não disse que a literatura não foi contemplada, mas sim que ela foi excluída como arte ou manifestação cultural da capa da Lei. Que não houve ali a "representação" da literatura, uma imagem que a representasse. E a imagem, para um país como o nosso, em que pouco se lê e muito se vê, é o que fica: a literatura, ali, foi excluída. E vai ser de todo, aos poucos, até que não passe de "arte exótica", como a taxidermia.
ResponderExcluirValha... até parece que lei tem capa. E você preocupado com a capa, com as aparências. Preocupado com uma simples montagem fotográfica na página do Ministério da Cultura. Que pena, poderia gastar seu tempo com coisa melhor, por exemplo com o conteúda da Lei, das coisas, e além do mais você não sabe o que e quanto leio, portanto não palpite a este respeito!
ResponderExcluirUma imagem pode valer por muitas palavras, principalmente, em um país dirigido por um presidente que acha que ler é como fazer esteira e que a pessoa tem de se esforçar para se acostumar com os livros. Concordo com o Mayrant em preocupar-se com a ausência inexplicável da literatura na publicidade da nova lei. Terá sido um movimento inconsciente ou o descrédito com os livros é mesmo proposital? Ainda bem que, neste ano, temos eleições. Pode ser que os eruditos do governo peguem definitivamente um avião rumo a ilha dos sem biblioteca.
ResponderExcluirObrigado, Bípede! As pessoas se esquecem de que o conteúdo de tudo é o resultado de uma casca. Jamais encontrei polpa de manga dentro de casca de laranja. Há uma gradativa exclusão da literatura de tudo o que o Governo promove em cultura (arre, que palavra!), começando pela fala do Presidente. Eles acham que basta distribuir livro e promover leitura de auto-ajuda. Um país que não lê literatura embrutece, embota. E ainda mais o nosso, com a Educação que tem, preparando gente para servir. De resto, não é de hoje que acho que estou gastando tempo (ou perdendo-o) pensando no mundo cheio de (boas) intenções que está à minha volta e que as pessoas preferem ignorar.
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