Já troquei várias vezes
a alma de endereço,
(eu a abriguei nos olhos de agrimensor;
na boca que não estabiliza a língua;
nas mãos que padecem de insônia;
no coração afeito aos acampamentos;
nos pés cegos de estradas abertas
e em tantos satélites agregados em mim)
mas ainda assim, o correio do medo
sempre a alcança.
Sem Título - Lápis aquarelável e aquarela - Marcantonio
Outros endereços da minha alma aqui ou acolá
Abraços altamente fraternos!
gostei bastante!
ResponderExcluirAh, e o dia em que encontrarmos o lar da alma, um lugar de repouso incandescente e de turbulência serena... Aí nem existe caixa de correio. Só é recebido o que for soprado em música, e compreendido somente o que for suave e quase indolor...
ResponderExcluirLindo, Marcantonio!
Marcantonio, bem-vindo ao blog :)
ResponderExcluirTexto e imagens e imagens plásticas fabulosos!
Bípede, Renata, Claire, obrigado.
ResponderExcluirAbraços!
Sensacional! LIndo. Seja bem vindo!
ResponderExcluirCom carinho,
Silvia
Muito bonito (já troquei várias vezes a alma de endereço).
ResponderExcluirA alma também me é um tema muito querido.
Bem-vindo!