Havia um tempo de acácias e de mar
Bainhas brancas lambendo a areia
Azul de olhos e azul de céu
Colos perfeitos como conchas
E havia um tempo em que eu cabia dentro desse tempo
Mãe era palavra quase única
e baloiços camas de embalar
Havia um tempo de acácias e de mar
Atrevido e doce como criança
Que cresceu, mas que ainda me acorda pelas manhas da vida
Solta as bainhas dos vestidos
Morde-me a languidez e pega-me pela mão
Rouba-me beijos e enrola-me os cabelos
Cheira a bocas vermelhas e a tenros arrozais
E diz-me menina e eu sei
Porque só eu sei que …
…houve um tempo de acácias e de mar.
Belo poema. Acácias e mar se reúnem, no meu caso, noutra lembrança, de um período da vida adulta.
ResponderExcluirAbraço.
Gosto de acácias, mas adoro sobretudo o mar. Na sua infinitude eu me contenho.
ResponderExcluirMãe é uma palavra quase única e talvez a mais dita. Quando a gente não pode mais dizê-la, é como se a gente perdesse quase todo o nosso vocabulário.
ResponderExcluirUm casamnto perfeito Flor & Mar!
ResponderExcluirLindo Simone. Já está na minha coleção seu Poema!
E, também me fez lembrar de MÃE... mas com lembranças lindas e saudade imensa! Obrigada.
Com carinho,
Sílvia
http://silminhacolchaderetalhos.blogspot.com/