O garoto compra um doce; com ele irá pagar pelos favores sexuais de uma garota vizinha. Era o preço combinado. Ele sobe apressado as escadas que levam ao apartamento da garota. Espera por ela sentado num degrau. E o doce ali. E a menina lá. Então, um desejo contraditório se intromete. E estabelece-se uma área limítrofe entre a infância e aquele momento em que um desejo que irá se perpetuar na vida adulta ainda é negociável e pode ser suplantado.
Cena altamente poética de um filme belíssimo, Era Uma Vez Na América (Once Upon a Time in America), de Sergio Leone. Música do inesquecível Enio Morricone.
Uma exelente lembrança e sugestão, Macantonio!
ResponderExcluirAbraços,
Tânia
Um desejo é sempre negociável.
ResponderExcluirDepende do desejo e da balança.
Um abraço
GED
Cedo ou tarde, todos temos de dar um passo adiante, mas acho admirável e até inteligente essa escolha pelo sabor inesquecível da infância.
ResponderExcluirAmei ter visto a cena.
Vou rever o filme.
Tânia, GED, obrigado pelos comentários
ResponderExcluirBípede, vale a pena rever sim. Sergio Leone tem lances excepcionais. Abraço.
Filme muito bem escolhido.
ResponderExcluir