sábado, 1 de maio de 2010

ESPERANÇA

Sinto-me bem
Mesmo quando cavalgo tempestades
Ainda que medonhas.
Sinto-me bem
Há gente feita de luz
No meu caminho.
Sinto-me bem
Ainda que no dorso
Escuro do medo.
Quando adiante não há nada
Mas há gente feita de luz.
Sinto-me bem
Na garupa do pavor
No meio da maior dor
Porque no meio do nevoeiro
Há gente feita de luz.
Sinto-me bem
A roçar o pescoço do desespero
Quando já nada parece possível
Quando o futuro não está lá
Porque há gente feita de luz.
Sinto-me bem
Quando monto nas tristezas
E levo as amarguras pela rédea
Sinto-me bem
Porque há-de haver sempre
Gente feita de luz.

GED

2 comentários:

  1. Há de haver (tenho um modesto poema com esse título) esperança.

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  2. Em 2008, assisti uma paletras do Edgar Morin, aqui em Porto Alegre, em que ele definiu esperança como sendo a confiança no improvável. A frase grudou em mim. Eu acredito, apesar do reduzido tamanho de muitos pessoas, que um crescimento há de vir para clarear o percurso e as ideias de quem não tem uma própria luz.

    Bípede Falante

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