Sinto-me bem
Mesmo quando cavalgo tempestades
Ainda que medonhas.
Sinto-me bem
Há gente feita de luz
No meu caminho.
Sinto-me bem
Ainda que no dorso
Escuro do medo.
Quando adiante não há nada
Mas há gente feita de luz.
Sinto-me bem
Na garupa do pavor
No meio da maior dor
Porque no meio do nevoeiro
Há gente feita de luz.
Sinto-me bem
A roçar o pescoço do desespero
Quando já nada parece possível
Quando o futuro não está lá
Porque há gente feita de luz.
Sinto-me bem
Quando monto nas tristezas
E levo as amarguras pela rédea
Sinto-me bem
Porque há-de haver sempre
Gente feita de luz.
GED
Há de haver (tenho um modesto poema com esse título) esperança.
ResponderExcluirEm 2008, assisti uma paletras do Edgar Morin, aqui em Porto Alegre, em que ele definiu esperança como sendo a confiança no improvável. A frase grudou em mim. Eu acredito, apesar do reduzido tamanho de muitos pessoas, que um crescimento há de vir para clarear o percurso e as ideias de quem não tem uma própria luz.
ResponderExcluirBípede Falante