Convoco forças
Encurvo silêncios
Em forjas de luz
Aconchego átomos
Mensageiros de sóis distantes
E cristais de neve
Ecoando cumes gelados
Caminho na periferia da vida
Com vagabundos e loucos
E meretrizes alucinadas
Rios de prata serpenteiam a meus pés
Na corrente flutuam solidões e maravilhas
Aniquilando-se adiante
Em penhascos liquidos
Há um cheiro de gengibre no ar
E um oceano de tempo a separar-nos.
Ao longe
Um dia vertical
Crava-se na periferia da noite
Irremediávelmente
Dispo-me de tudo
Resta uma vibração
Espesso-me em nevoeiros
GED
Gostei tanto da imagem um oceano de tempo.
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