Da série: Meu caderno vermelho
Todo mundo com 17 anos. Bonitos, ruidosos, ávidos. Em minha turma do 3º ano, um apaixonante menino do Rio. Em junho, a festa de São João foi também a sua festa de despedida. Minha amiga Ceiça foi a encarregada de sortear os pares da quadrilha. Claro, eu fui a sorteada pra dançar com ele.
Nunca mais nos falamos. Dois anos depois, no Rio de Janeiro, era julho quando ele entrou no mesmo ônibus que eu estava.( Ceiça, foi você quem sorteou o instante? ) Acho que foi no Leblon, mas sei que ele tinha nas mãos um envelope pardo e uma caneta para anotar meu telefone.
Martha Galrão
Existem coincidências que realmente parecem sorteios do (instante) destino, (gostei muito dessa expressão).
ResponderExcluirE do texto (e conheci o seu blogue)
ResponderExcluirVivi algo parecido. Muito parecido. Tão visual o seu relato que me vi sentada no ônibus, espiando o garoto de olhos azuis que, alguns anos depois, segurou-me o braço quando eu ia passando.
ResponderExcluirBípede Falante