sábado, 27 de fevereiro de 2010

Da série poemas favoritos



L'Infinito

Sempre caro mi fu quest'ermo colle,
e questa siepe, che da tanta parte
dell'ultimo orizzonte il guardo esclude.
Ma sedendo e mirando, interminati
spazi di là da quella, e sovrumani
silenzi, e profondissima quïete
io nel pensier mi fingo, ove per poco
il cor non si spaura. E come il vento
odo stormir tra queste piante, io quello
infinito silenzio a questa voce
vo comparando: e mi sovvien l'eterno,
e le morte stagioni, e la presente
e viva, e il suon di lei. Così tra questa
immensità s'annega il pensier mio:
e il naufragar m'è dolce in questo mare.

Giacomo Leopardi

O Infinito

Sempre amei esta colina solitária
E esta sebe, que de tão grande parte
do horizonte me obstruem a visão.
Pois sentado a guardar, intermináveis
espaços por trás do monte, e o silêncio
sobre humano, e a profundíssima calma
mergulho fundo em meu pensar, onde por pouco
o coração não para assustado.
E ouvindo o vento sussurrar entre a folhagem, eu aquele
infinito silência a esta voz vou comparando: e me assalta a eternidade,
e as mortas estações, e a presente e viva, e seu rumorejar. E nesta imensidão
submerge meu pensamento:
e me é doce naufragar neste mar.

Tradução "capenga": Mariane Corbetta

Imagem: Picasa LAGUNA DE ROCHA PASTIZALES SOBRE EL SOL.JPG

4 comentários:

  1. Ah, Leopardi: tiro o chapéu para sua poesia.

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  2. Não conhecia a poesia de Leopardi. Embora não saiba italiano, achei a tradução muito bonita.
    Parabéns!

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  3. Também não conhecia e também fiquei impressionada. Muito bonita, Marie.

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  4. Meninas,
    esse poema é para mim, um dos mais belos que conheço.
    Sei que minha tradução não faz juz completo.
    Mas acreditem, ele é realmente belo.
    E o moço era o seguinte.
    Um gênio aprisionado num corpo incapaz.
    Com mais tempo vou traduzir outro dele de que gosto muito.
    Grande abraço
    Marie

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