terça-feira, 15 de junho de 2010

TALVEZ, O AMOR

Olhos no olhos. Doces palavras bobas, desprovidas de filosofia e pretensões de entender o amor. Não fala, me beija. Leveza quase infantil em não perceber o dia de amanhã. Quem conhece pouco, não tem medo. Coisas simples, como era quando acreditávamos mais. Bichinho de pelúcia guardado dentro do casaco. Carta escrita à mão com poesia de outrem, perfumada. Isso ainda existe. Ainda existe vida descomplicada. Pena que eu não a queira para mim. Talvez um dia eu esteja muito cansada e não resista aos encantos desse amor tão sereno. Então talvez eu aceite esse namorinho de portão, esse bichinho de pelúcia e essa carta adolescente. Talvez eu finja ser uma pessoa descomplicada e que sabe ser feliz com o que tiver à volta. Talvez ninguém acredite nisso, nem eu. Não. De novo, não. Talvez eu fique sozinha para sempre. Talvez o amor seja coisa de filme e livro. Talvez.

5 comentários:

  1. Eh, pá. Gostei muito da utilização do Talvez. "Talvez o amor seja coisa de filme e livro" uma frase maravilhosa.

    Cumprimentos!

    ResponderExcluir
  2. Gosto do talvez. Palavra recheada de possibilidades, não é promessa, não é certeza. É pensar em aberto.

    Obrigada pela visita!

    ResponderExcluir
  3. O segredo para eventualmente se ser feliz,está em descomplicar tudo.
    Talvez.
    Bjs
    GED

    ResponderExcluir
  4. Talvez tudo não passe de um TALVEZ...
    Quem sabe?
    QUEM SABE TALVEZ...!?
    Assim como existe a licença poética, talvez
    exista também a licença romântica. Sonhar não
    nos custa nada(?) até acordarmos do sonho...
    TALVEZ....!?

    ResponderExcluir
  5. Lindo texto Renata!
    Parabéns!
    bjos

    ResponderExcluir