quarta-feira, 23 de junho de 2010

A PALAVRA

Gotas de chuva escorrem na vidraça embaciada
Ouvem-se murmúrios na casa da poesia
Apenas murmúrios, quase impossível tecer a palavra
Certeira, definitiva, redonda, afiada
Quando nasce, vem do fundo mais fundo
E cresce, até me sentir esgotado
Basta acariciá-la e lançá-la no espaço
Vai voar, um voo perfeito, profundo
E pousar serena
No poema finalmente acabado.

GED

2 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Os murmúrios que ecoam na casa da poesia, ultrapassam a chuva das janelas para chegar em outras paragens, como esta em que vivo, onde o poema, embora acabado, se abre.
    Ged, gosto muito muitíssimo da sua poesia.

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