domingo, 27 de junho de 2010

Translúcido

Transparência real
só há nas coisas que não têm íntimo,
parte de dentro, recheio;
coisas que são ocupadas pela luz
passageira
em hospedagem de relâmpagos.

Vez ou outra, sou transparente
para você;
eis que sou aquele nada,
outro ninguém.
O seu olhar sequer me atravessa
porque não estou ali.

O seu olhar vê além.


Outros poemas em Diário Extrovertido

2 comentários:

  1. Marco, ainda bem que não tens transparência real. E olha que eu vejo além...rs...e vejo denso, fundo sem fundo, em espiral movendo forças centrípeta e centrífuga.

    um beijo

    ResponderExcluir
  2. Preciosas as pessoas que nos vêem mesmo quando estamos invisíveis.

    ResponderExcluir