quinta-feira, 10 de junho de 2010

Inter Nauta sem porto







Quero partir sem saber pra onde
E velejar num barco à deriva
Só não quero ficar só
Ah, se dessa nau à deriva
Derivassem outros como eu

Talvez soltos nesse mar insólito do pensar profundo
Nós, os derivados, sem onde aportar
Pudéssemos lidar melhor com a vida

Assim, sem esse apartheid xenófobo
Promovido por incontáveis portos inseguros
Poderá triunfar, então, o transitar filosófico

Aí, envolto numa tempestade de idéias humanitárias
Virá um CAOS desértico, sedento de uma nova ordem.

_ “Acorda, marujo!!! Não vê que já estamos aportando”?



Jairo Cerqueira

2 comentários:

  1. Jairo, conheço essa sensação de me acordem estando já acordado.
    Não sei como explicar o que sinto lendo o seu post, mas sinto de um modo bastante forte. Percebo a sensação de desalento, quase desesperança, diante da indiferença alheia, da falta de respeito e de humanidade de quem deveria, no mínimo, ter zelo pela própria espécie.

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  2. Tem isso também, Bípede. Algumas vezes, os meus textos refletem algo que engulo amargamente, estando faminto. Alguns outros...o meu inconsciente ainda não privilegiou com a revelação.

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