segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Água em pó

De Tatiana Druck:

que sede é essa

de si mesma

que nunca passa

que sede de mais

que entorpece

tonteia e afoga

pseudo-hidrata

afaga, esquece e mata

que sede é essa que engole e se engasga

bebe e não sacia

que gole é esse

que nunca desce?

6 comentários:

  1. Águas que não são de março, não são de verão.
    Gole a palo seco, na boca do estômago.
    Águas da vida...cheias de poeira, mas finamente filtradas pela poeta!

    Parabéns!, Tatiana

    Bjs

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  2. Voltou com força total Bípede! Lindo. Não se pode pular etapas. então é necessário engolir, esperar a poeira baixar, cavocar (passar por...), engolir seco, esperar... A água chegará para toda te molhar e enfim te abrandar!
    Com amor e carinho,
    Sílvia

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  3. Que sede é essa...?
    Quanta...verdade nessas palavras...

    Beijos
    Leca

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  4. Bípede: Bem-vinda. Escolheste um belo poema da Tatiana, excelente poetisa.
    Bjs.

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  5. Paulo, li o livro da Tatiana durante as férias. Gostei imensamente. Ela é muito talentosa e tem enorme coragem.

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