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In Passim
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Tudo vai-se acabando, tudo passa
do que é ao que era; é tudo mais
ou menos uns vestígios de fumaça
no espaço do que deixas para trás.
E tudo o que deixaste ou deixarás
de manso ou de repente, sem que faça
diferença nenhuma no fugaz,
é assim como a garoa na vidraça:
intimações de lágrima delida.
Não valeu chorar nada. Nem te atrevas
a lamentar-te à porta da saída,
pois pouco importa a vida como a levas,
que ela te leva a ti, de despedida
em despedida, a uma lição de trevas.
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poema de Bruno Tolentino / O mundo como Ideia. Editora Globo: 2002 / imagem: cena do filme "O sétimo selo", de Ingmar Bergman
Fabuloso e assutador!
ResponderExcluirComo diria Amélia: tudo depende do ponto de vista.
ResponderExcluirNo blog da Maricota tem uma frase de música do Caetano que diz: "É sempre bom lembrar que um copo vazio está cheio de ar."
Mas o poema é belo mesmo assim.
Sergio, que prazer ver aqui teus textos escolhidos. Sempre tão bem escolhidos.
Aplaudo junto, Sergio.
ResponderExcluirBípede, Marie e Gerana,
ResponderExcluirLembro que postei, lá no Papo, uma poesia do Ivan Junqueira intitulada (acho): "Esse punhado de ossos". E agorinha estou lendo a "Invenção da solidão", do Paul Auster, que começa com a morte do pai do escritor. Assunto para levar para a terapia, não acham? :)