Penetrar na verdade.
Sair da desvantagem para um recanto onde não existe nada.
Abandonar o baralho imperfeito, mesmo sentindo uma nítida pontada.
Esconder a vaidade ferida em sua memória de longo alcance, protegendo a raiz de meu mundo.
Longe da sensação de violência iminente, deslocar a consciência súbita do divertimento insensível.
De modo reservado e descolorido, invisível ao bote inevitável e aos buracos de olhos tingidos, descobrir o que me salva e sobre o que há escolha.
Não me acostumar com o perigo. Não habitar a proximidade, nem perder a noção de alguma linha sagrada.
Preservar o desejo de não ser um humano logrado.
Em uma ilha de repouso, não me afastar da essência.
Ao som dos temores nunca mencionados, diminuir a distância dos passos movediços, das reedições e suas conseqüências.
Sem a intenção de ser justa, esmagar o mal e não desligar a bondade.
Bater de porta em porta à procura do amor extraviado, da marca da diferença e da circunferência de meu deserto.
Como em uma linha de apoio e de identidade, antídoto da anestesia que lateja a dor refinada em vermelho, registrar a devastação e a hemorragia, congelando o horror de ser atacada em casa e não na selva por alguma fera.
ah tão de dentro! muito.
ResponderExcluirque saudades de te ler e, agora, estas letras aqui à espera.
senti.
Lindo!
ResponderExcluirBipede, hoje você está precisando muito ser abraçada, beijada, acarinhada... A cor vermelha diz! Deserto? Saia dele e vá ao encontro do calor gostoso, amoroso, carinhoso, beijoso, vermelhoso, aconchegoso...
ResponderExcluirCom amor e carinho,
sílvia