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Tal como uma pedra na minha cidade do cansaço
Corpo quase infinito e assim, quase liquido
São nítidas ou límpidas, as minhas palavras em silêncio.
Ainda assim
Da alma que tantas vezes imitei
Quase nada ficou.
Ferida a calma da árvore que na memória se semeou,
A minha memória resistente no grão de terra desaparecido
Assim se inicia o regresso da viagem
Da penúltima viagem
Se nem das folhas
Nem dos livros que li e rasguei,
Nada ficou
Das palavras incertas
Escritas no papel da minha carne,
De que vale a minha escrita
Nem da pele
Nem do mar que reli e risquei
Nada ficou.
Ricardo S.
21 Maio de 1993
|imagem Leonardo B.|
Leonardo, conheço o Ricardo B. :) Esse o meu poema favorito. Nunca poderei esquecer das palavras que se inscrevem no papel da carne.
ResponderExcluirMuito muito lindo.
Belíssimo poema, salve, Leonardo!
ResponderExcluirabraços,
Tânia
Sem dúvida, belíssimo!
ResponderExcluirAbraço.
Nossa... Que poema, Leonardo. Onde encontro mais de Ricardo S.? Ou por acaso Ricardo é Leonardo? :) Abraço, Nydia.
ResponderExcluirque lindo, Leonardo!
ResponderExcluirAs palavras são sempre límpidas no silêncio...
abraço