" Os distraídos, quando deitam a sós com seus pensamentos, sofrem muito também. Porque a distração é jogo ilusório, auto-engano, máscara forjada a ferro e fogo para esse mundo de aparências, onde os prazeres terrenos são ilimitados e inatingíveis. Prazeres paradoxalmente ditados pela escassez. O escasso determinando o objeto de desejo. A posse do escasso como fonte de felicidade.
Não, os distraídos não são felizes. Os lúcidos sim. Os lúcidos não preenchem o tempo. Os lúcidos ignoram o tempo. Enquanto os distraídos acreditam em reencarnações e justificam tudo pelo carma, os lúcidos agem cientes de que o tempo presente é o momento certo de modificar, de construir, de transmutar, de transcender. Os distraídos se perdem em justificativas, vivenciam pela fuga, fugir é quase sempre uma negação da vida. Os lúcidos compreendem a abundância. A abundância do universo, dos seres vivos, das plantas, animais, dos elementos. Os lúcidos são felizes porque entenderam fazer parte dessa abundância, que alguns chamam de Deus.
Chorik, um distraído."
Blog do Chorik
Adorei o texto de Chorik; por sinal, muito lúcido.
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