se é certo que vive?
Que oculta na fronte?
E por que não conta
seu todo segredo
mesmo em tom esconso?
Por que mente o homem?
mente mente mente
desesperadamente?
Por que não se cala,
se a mentira fala
em tudo que sente?
Por que chora o homem?
Que choro compensa
o mal de ser homem?
Mas que dor é homem?
Homem como pode
descobrir que dói?
Há alma no homem?
E quem pôs na alma
algo que destrói?
Como sabe o homem
o que é a sua alma
e o que é a alma anônima?
Para que serve o homem?
Para estrumar flores,
para tecer contos?
 Para servir o homem?
 Para criar Deus?
 Sabe Deus do homem?
 E sabe o demônio?
 Como quer o homem
 ser destino, fonte?
 Que milagre é o homem?
 Que sonho, que sombra?
 Mas existe o homem?" 

 
Tantas perguntas só me fazem perguntar ainda mais...
ResponderExcluirBeijo, Bípede.
Salve, Drummond, sempre, minha referência poética!
ResponderExcluirabarços,
Tânia