Primeiro foi Portugal a voltar para casa... foi triste, mas mais esperado, afinal jogávamos contra a temida Espanha deste ano.... Hoje foi o Brasil... que terá que empacotar suas coisas e voltar... novamente pelo temor que tem e sempre teve diante das grandes laranjas Holandesas...também já estava a espera. Sinceramente, não tenho pena de nenhum um único jogador ou técnico, apesar de ter que dar meus parabéns ao Guarda-Redes Português, foi incansável, valeu cada cêntimo que lhe pagam, mas quanto aos outros, quer percam quer ganhem voltam mais ricos, nem que seja com todo o marketing que os rodeia...e eu? Eu continuo na mesma e minha vida também, assim como minhas finanças, aliás andam só a piorar, afinal, não somente geograficamente, mas também economicamente, estamos no canto da Europa. Agora pagamos mais impostos e perdemos mais direitos. Foi um espectáculo e conveniente para o governo a visita do simpático, alemão Papa e logo a seguir o Mundial. assim vivemos o ópio e o circo do povo... E sem ninguém se aperceber... enquanto devotavam toda sua fé, num homem dentro de um carro ridículo e toda sua esperança e alegria, em alguns outros homens a correr no relvado e marcar golos, e como dizia enquanto isso estamos a ser roubados por essa política fenomenal de José Sócrates e sua trupe.
Mas agora podem estar a pensar, mas afinal o título do post é Futebol...Futebol...Ainda sou mais Ayrton Senna....
É desculpe....divaguei....
Mas... Atenção Prisca, chamada a Terra e ao objectivo deste Post...
Vou ajudar.... com uma foto... a essa minha centralização....no tema...
Bem, primeiro, deixa-me explicar que sou filha única. Mulher....Mas nunca deixei de ser a menina-rapaz quando era preciso e assistir o futebol e a Fórmula um com o meu pai... como também a princesa, que vestia as roupas da minha mãe...e andava pela casa, que era meu castelo e minhas barbies e ursos de peluche, meus súbditos fiéis... Era uma cena engraçada, se olhar de fora agora, meus pais, devem ter dado boas risadas, eu com menos de meio metro e as camisolas de dormir de seda da minha mãe a fazer de manto real da Grande rainha...e olha que com a minha autoridade real, fechava toda uma ala da casa.... afinal de contas, respeitinho, era MEU castelo. Mas lembro-me, da parte de ser a companheira do meu pai também, fiel ao São Paulo Futebol Clube, os jogos eram sagrados, os do Brasil e de Portugal também. E a Fórmula 1.... bem essa era nossa paixão, era o "NOSSO" momento. Quando era no Japão, colocávamos o video cassete para gravar. Mas domingos de manhã, de quinze em quinze dias, eram "NOSSOS", momentos pai-filha. E que domingos felizes eram esses, porque momentos mãe-filha, tinha muitos, minha mãe estava sempre ali, mas com o meu pai eram as noitinhas e mais o fim-de-semana. E ver o Ayrton, Ayrton, Ayrton, Senna do Brasil (como gritava o Galvão Bueno) era qualquer coisa do mundo da fantasia.... No meu inconsciente estava ali o complexo de Electra a realizar-se e a ser racionalizado. Foi durante essa idade que deixei de querer que ele fosse meu namorado e passasse a ser a figura paterna, minha mãe deixava de ser minha rival, para ser minha amiga-protectora.
Mas fiquei sempre com essa imagem que aqueles jogos de futebol que assistimos, eram jogados, por outro tipo de jogadores.... Não passavam tanto tempo do jogo a ajeitar o gel do penteado, ou a fazer anúncios na TV, a representar, a primeiro preocupar-se com a imagem e depois em chutar a bola. Jogavam para ganhar ordenados normais... Não montantes que nem conseguimos imaginar, como hoje. Por isso voltaram para casa? Desculpa, não tenho pena... vou ter pena se um dia o futebol, continuar a ser o circo do povo, mas que os jogadores façam o espectáculo com seus corações, por amor a camisola que veste. Como disse, e bem dito, o treinador português, se a camisola que o jogador está a vestir é muito pequena para o seu tamanho (do seu ego), não precisa vesti-la.
E quando falo de fazer algo por amor, de corpo e alma não posso me esquecer de Ayrton Senna, e por isso nisso tudo sou mais ele e a saudade que deixou e que me deixaram aqueles domingos passados no sofá com o meu pai, a criticar, a conversar a rir e chorar.....vendo este grande homem e grande atleta, que pelo amor por aquilo que fazia, e pela alegria que proporcionava a toda uma nação, dava e deu até sua última gota de sangue.
Futebol?
Sou mais Ayrton, Ayrton, Ayrton Senna do Brasil..........
E as saudades, pai, daqueles momentos. Muito obrigada.... Eu te amo muito!!!!
Amo relembrar...enquanto fomos uma família o amor de mãe e pai juntos, que tive, que me proporcionaram, ser o rapaz, sentado no sofá com seu pai, ou sua fiel fã e admiradora e namorada, que cresceu e virou a filha e amiga. E o amor de mãe que abria mão da melhor roupa que tinha para ser desgastada por aquela Princesa-Rainha, que corria os corredores e salões de seu castelo... E tantas outras coisas que compartilhamos.
Muito Obrigada!!!!
Prisca: Perfeita sua colocação! É isso mesmo! Hoje à tarde fui para Terapia e ao comprimentar o Dr. Léo (que por equívoco me disse Bom dia..rsrsrs), eu fui logo dizendo :-Pois é o CIRCO acabou..." Não coonseguimos mais 'perceber' o amor ao futebol pois o marketing, a falta de respeito desde o técnico, a rivalidade,as propagandas, GRITAM mais alto do que o esporte e tudo se confunde demais... E saímos de órbita, nossos olhos desfocam, e não mais coseguimos perceber a beleza em um Jogo de Futebol, esporte lindo, pelada saudável quando lá atrás prestava-se atenção ao lindo esporte chamado Futebol. Por isso nem estou triste com a saída do Brasi, Portugal, e outros mais. E, viva Ayrton, Ayrton, Ayrton Senna da Silva, que nos presenteou com domingos deliciosos onde as famílias podiam sentir o prazer ao assitir um lindo Esporte. E continue considerar-se Princesa-Rainha, filha-amiga admirada sempre, nunca duvide por Pais que te amam até o infinito!
ResponderExcluirCom amor, carinho, delicadeza de quem te ama,
Sílvia
Eu tenho enorme admiração pelo futebol. Quem me dera fazer com as mãos o que eles fazem com os pés. Acho um espetáculo belíssimo, cheio de energia :)
ResponderExcluirBeijos.
Bípede Falante