quinta-feira, 8 de novembro de 2012

PALAVRAS


 




  Golpes
De machado na madeira,
E os ecos!
Ecos que partem
A galope.
A seiva
Jorra como pranto, como
Água lutando
  Para repor seu espelho
Sobre a rocha
Que cai e rola,
Crânio branco
Comido pelas ervas.
Anos depois, na estrada,
Encontro
Essas palavras secas e sem rédeas,
Bater de cascos incansável.
Enquanto do fundo do poço, estrelas fixas
Decidem uma vida.
 
 
Sylvia Plath, Massachusets, EUA - 1932-1963
 
(tradução de Ana Cristina César)

2 comentários:

  1. Quem somos nós para por as rédeas nas palavras...

    O braço, Cirandeira...

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  2. Ela é ótima! Obrigada, Ci, pela postagem. Vou ler a entrevista postada depois desse post logo mais, com mais tempo.

    Beijos,

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