São como um cristal, as palavras.
Algumas um punhal, um incêndio.
Outras, orvalho apenas.
Secretas vêm, cheias de memória. inseguras, navegam;
barcos ou beijos, as águas estremecem.
Desamparadas, inocentes, leves
Tecidas são de luz e são a noite
E mesmo pálidas, verdes paraísos lembram ainda
Quem as escuta?
Quem as recolhe assim, nas suas conchas puras?
Eugênio de Andrade
ah, as palavras.
ResponderExcluirseus sins, seus nãos.
seus senões.
Porém, ah porém...!?
Excluir:)
Eu guardo as palavras como se fossem vivas, mas às vezes acho que confio demais nelas...
ResponderExcluirbeijos, Ci!
Palavra viva, precisa viver solta rsrs :)
Excluirbeijo, Lê
Tão frágeis e capazes de derrubar um mundo...
ResponderExcluirBeijos, Ci...
Tão fortes e capazes também de erguer um mundo...!
Excluirbeijos, Tânia
será o meio-termo da palavra aquilo que mora nas entrelinhas?
ResponderExcluirrespondam-me, caso saibam a resposta.
escrevam - com estas e outras palavras - um tratado.
um cumprido.
Há pessoas que conseguem brincar com as palavras de uma
Excluirforma tão sutil, que a ironia fica escondida entre as linhas, sub-rep-ti-ci-a-men-te..., não é, Pessoa?
Um dia, quem sabe, escreverei um tratado bem comprido
tratando desse assunto rsrsrsr e gargalhadas!!!
:) beijo
As palavras. Do seu imbricamento nasce o poema.
ResponderExcluirEugénio de Andrade reflete sobre o processo de construção do texto.
Aqui, especificamente, do poema, que não se faz sem os leitores.
São os que vão abrir "as conchas".
Belissima escolha!
beijo,