"A
linguagem é uma pele: esfrego minha linguagem no outro. É como se eu tivesse
palavras ao invés de dedos, ou dedos nas pontas das palavras. Minha linguagem
treme de desejo. A emoção de um duplo contato: de um lado, toda uma atividade
do discurso vem, discretamente, indiretamente, colocar em evidência um
significado único que é ‘eu te desejo’, e liberá-lo, alimentá-lo, ramificá-lo,
fazê-lo explodir (a linguagem goza de se tocar a si mesma); por outro lado,
envolvo o outro nas minhas palavras, eu o acaricio, o roço, prolongo esse
roçar, me esforço em fazer durar o comentário ao qual submeto a relação."
((Roland Barthes,
Fragmentos de um discurso amoroso)
queria fazer durar certas palavras, em certos momentos... gosto muito dese livro, e essa lembrança me deixou assim, fragmentada.... srsrrs, mais ainda, se isso é possível. Grande beijo Tanita!
ResponderExcluirÉ um livro inesquecível e belo! :-)
ExcluirBeijos,
Grande Barthes, amiga Tania. Um abraço. Tenhas um lindo fim de semana.
ResponderExcluirSim, esse Barthes é enorme! Abração pra ti
Excluiro amor da linguagem
ResponderExcluiré um amor eterno
...
beijo carinhoso,Tânia.
O amor é sempre original, apesar dos clichês...:-)
ExcluirBeijos, Bruxinho
A linguagem É uma pele"!!!
ResponderExcluirAbraço-te