Atena e as Musas, de Frans Floris (1560)
MUSA
A fonte da inspiração de uma pessoa
As Musas eram um grupo de deusas consideradas as gontes divinas da arte e da cultura, associadas a Apolo e a Dionísio, e amplamente cultuadas em toda a Grécia.
Os poetas clássicos costumavam se considerar reservatórios a serem preenchidos pela divina inspiração das Musas. Os poemas antigos frequentemente começavam convidando alguma Musa a falar pelo poeta: "Canta-me a Cólera - ó deusa! - funesta de Aquiles Pelida" é o célebre primeiro verso da Ilíada de Homero. Igualmente, na Eneida, Virgílio pede à Musa que conte a história por meio dele:
Musa, as causas me aponta, o ofenso nume
ou por que mágoa a soberana deia
compeliu na piedade o herói famoso
a lances tais passar, volver tais casos.
As Musas permaneceram figuras frequentes na poesia e na arte durante a Idade Média e o Renascimento. Pode-se encontrar invocações à Musa em Dante e em Chaucer, e até John Milton, severo cristão, invocou a Musa pagã no começo de seu épico Paraíso perdido.
No mundo de hoje, mais secularizado, as Musas foram amplamente esquecidas. Os poetas modernos normalmente ficam com o crédito por suas obras, em vez de dizer que foram possuídos por divindades de três mil anos. Mesmo assim, em palavras como "música" e "museu" a memória das Musas continua viva.
Ferdie Addis, em A Caixa de Pandora - Editora Casa da Palavra.
Um mundo que foi patologizado pela ausência dos deuses...Os deuses de ontem são hoje doenças. E as Musas, nossa, pelo que têm feito com a imagem do Feminino hoje, as letras de música que depreciam tanto as mulheres, a gente se pergunta: e as Musas?
ResponderExcluirÓtimo texto, Ci.
Beijos,
Os que depreciam as mulheres através desse lixo que eles
Excluirjulgam que é música, acham-se os própios "deuses" :)
beijos, Tânia