sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Anjo ébrio




Embriaguei
o anjo que me guarda
porque anjo lúcido me cansa.
 Pinta essas asas de sangue
encurta a roupa e mostra
o contorno das tuas pernas
dança a dança dos profanos
senta e toma mais um trago.
Embriaguei
o anjo que me guarda
porque anjo lúcido
não caminha nos becos fétidos
por onde caminho.
Era madrugada
quando meu anjo
cambaleante
gritava:
eu não sou anjo
agora eu sou passarinho.
E gorjeava o anjo
asas amassadas
halo despencado
iluminando nossos pés
ébrios..
 
 http://roxo-violeta.blogspot.com.br/
 

6 comentários:

  1. Que sorte a tua, Tânia: ter um anjo que te guarda! E tens ainda o privilégio de poder embriagá-lo :)
    Lindo poema!

    um beijo

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  2. A perfeição deita e rola nesses versos Tania...

    Ah, o meu anjo da guarda também não pode ser sóbrio, não se dá confiança a anjos assim... rs

    Abraços minha querida, ótimo final de semana pra ti

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  3. Ótimo final de semana pra vc, Jananína. Grata pela leitura.
    Beijos,

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  4. amigo sóbrio ou amigo ébrio?
    ha dois meses, eu te daria uma canseira.
    maldito AA...rs

    beijão,
    r.

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  5. Você é amigo e irmão do jeito que for, Beto...
    Beijos,

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