O retrato de Dorian Gray, Ivan Albright
Hora a hora, semana a semana, a coisa pintada na tela ía envelhecendo. Talvez escapasse ao horror do pecado, mas o horror da idade a esperava, As faces se tornariam encovadas ou flácidas. Pés-de-galinha surgiriam à volta dos olhos apagados, tornando-se horríveis. Os cabelos perderiam o brilho, a boca, entreaberta ou caída, teria expressão tola ou grosseira como as bocas dos velhos. Haveria o pescoço enrugado, as mãos frias e cheias de veias, o corpo encurvado como o de seu avô, que tão severo fora com ele, na infância. O retrato tinha de ser escondido. Não havia remédio.
Oscar Wilde, em O retrato de Dorian Gray
Adorei!!!!
ResponderExcluirObrigada, Vanessa, e seja bem-vinda!!!
ExcluirMe arrependo até hoje de não ter lido - até hoje - O retrato de Dorian Gray...
ResponderExcluirAté mais...
Ainda está em tempo, Felipe. Nunca é tarde, não é mesmo?
ExcluirAté mais...