terça-feira, 7 de setembro de 2010

O NÚMERO SETE

Gerana Damulakis

Este romance breve de Almeida Faria é um deleite, saiu pela Rocco em 1993. O nosso Lêdo Ivo diz nas "orelhas": "Toda aventura humana é a promessa de um naufrágio". Definindo extraordinariamente a aventura de O conquistador, o poeta Lêdo Ivo escreveu um texto tão admirável quanto o romance. Acrescento que a aventura aqui é sinônimo também de uma diluição do personagem; aliás isto foi apontado. O que, de resto, resulta no mesmo. Vale embarcar com Almeida Faria: ressalto que "a sabedoria das superstições" dão um toque extra; o número sete, por exemplo, é um número muito importante.
Leitura de primeira.

(...) cuja soma dá o número sete, sinal da felicidade e dos destinos raros. Não em vão se invocam os sete dias da criação, os sete anos que Jacob serviu Raquel, os sete pecados mortais, as sete portas de Tebas, os sete muros que cercam a Cidade Celeste, as sete obras de misericórdia,, os sete andares do céu, os sete dons do Espírito, as sete maravilhas dessa terra, os sete planetas e os sete metais que se lhe referem, as sete estrelas do grupo das Plêiades, os sete braços dos sete candelabros empunhados pelos sete anjos que rodeiam o trono divino e que soarão as sete trombetas no Dia do Juízo.

3 comentários:

  1. WaW!!! Epicidade no tom e nas miríades de referências ao número sete... sou fascinado por tudo o que diga respeito ao mitológico, ao fantástico e ao épico sobretudo... Não só a Rocco, que tem sido selo seleto, como também sua opinião referendam... vou pôr na minha lista de próximas leituras... ;) será que ainda há tiragens?

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  2. Lembro de Rita Lee quando canta:
    Sete dias da semana
    Sete notas musicais
    Sete anjos, sete sombras
    Sete pecados capitais.

    Com vocé, Gerana, renova-se o prazer de aprender.

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