segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Sakountala

 [em memória de Camile Claudel].



É mal [é mau] estar nas mãos de alguém:
feiticeiro, rei ou animal. Acorde de
tua ebriedade, Camille.

[Camille! Acorde! Acorde!].

O passo mal pisado: a terra freme.
Direito /esquerdo/ direito/esquerdo:
passo de bailarina em seu
desmanche.

[Que dor, que dor!]

Algodões queimados, crestada a
pele.

[Por dentro].

Não é de pedra o coração
que anseia ou se lamenta.

[Ou teme].

E teu amor é tão somente
homem.



(Marcelo Novaes)

7 comentários:

  1. Estou descobrindo, pouco a pouco, o Marcelo Novaes. E tenho gostado muito.

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  2. Fantástico, Marcelo!

    Como tudo que escreve, a verdade aparece. SEMPRE. mas nem sempre é possível se livrar do MAU.

    Beijos, POETA!

    Mirze

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  3. Tânia, Luiza, Mirze, e aos que vierem: meus agradecimentos.


    Beijos às três.







    Marcelo.

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  4. Me emocionei...

    Poema inquietante e cristalino.

    Parabéns, Marcelo!

    Tânia, tou com saudades de você :)

    beijoss

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  5. Oi, moça! [Eu não chamaria de "bípede falante" nem a um papagaio cujo nome não soubesse; eu diria, simplesmente, "oi, papagaio!"].




    Obrigado pela leitura do meu texto!


    :)

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  6. Tânia,


    O erro foi meu, quando te passei o texto via e-mail: "Em memória de Camille Claudel". Dois eles /ll.



    Thanks, amiga.

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