sexta-feira, 13 de janeiro de 2012



Que fizeste das palavras?

Que contas darás tu dessas vogais

de um azul tão apaziguado?

E das consoantes, que lhes dirás,

ardendo entre o fulgor

das laranjas e o sol dos cavalos?

Que lhes dirás quando

te perguntarem pelas minúsculas

sementes que te confiaram?


Eugênio de Andrade, Portugal (1923-2005)

9 comentários:

  1. Que belo poema!


    Isso me soa como um "simbolista tardio". Primo em terceiro grau de Eugénio de Castro. Mas sei que a obra deste é menos "etérea" do que a de seus antecessor.




    Gostei muito do poema!

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  2. Me fez lembrar Rimbaud e a Alquimia do Verbo. Experiências sinestésicas (transmutação do som em cor, poesia, perfume, ou vice-versa.

    Beijos

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  3. Que beleza...de uma sutileza incrível. Obrigado por compartilhar.
    Tenha uma ótima semana.

    Roberto, Rio de Janeiro

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  4. Agradeço a todos vocês pelos comentários, me
    sinto duplamente gratificada quando os recebo
    pois minha intenção é o compartilhamento.

    um beijo para todos e uma boa semana!!!

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  5. Ci, encomendei uns livros dele. Chegam só no final do verão. Haja espera!
    beijosss
    BF

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  6. Iaí uma espera que vale a pena!!!

    beijosss

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  7. alguem me pode analisar o poema porque eu preciso disso para o meu colegio

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