I
A mulher do meu avesso
guarda sílabas
para fazer, dos fonemas
e dos acentos, os
sotaques dos
meus silêncios.
II
A mulher do meu avesso
repete letras como se fossem
elas sementes
e faz, da sombra dos verbos,
um abrigo para a rocha
e um leito para
o que sente.
III
A mulher do meu avesso
lima a ausência das palavras
e visita a vida que
mal cabe entre os
dedos e formas
esculpidas
em pedras sem pesos.
[reconstruída da sombra
ResponderExcluira forma da letra ganha um corpo, reedificado]
um imenso abraço,
Lb
Verso e reverso. Lindo!
ResponderExcluirMARAVILHOSO!
ResponderExcluirNós e nosso avesso!
Beijos
Mirze
Bípede que maravilha! existirá o nosso avesso contestando nossas ações e pensameno em outra dimensão? tem gente que diz que sim e tem poeta que sabe da complementação dos opostos ;) beijos
ResponderExcluir