sábado, 22 de outubro de 2011

“Minha poesia não tem sexo, mas não abro mão das preliminares”





Cris de Souza é poeta que tem resposta pronta na ponta da língua e sopra versos em estado de ardência quando o branco do papel a desafia. A maquinista do Trem da Lira não gosta de seguir sempre a mesma direção, o que assegura, de antemão, aos seus leitores-passageiros prováveis desvios, com encontros surpreendentes, recheados de arroubos e peripécias.
“Vario feito vinho” – avisa a poeta de Vila Velha, à porta de entrada de seus dois blogues, Trem da Lira e Válvula de Escape, enquanto nos olha, provocativa, pela metade, na foto de seu perfil. Mas essa inconstância confessa está longe de ser traduzida como fragilidade ou falta de firmeza – a poeta é ousada no verbo e revela estar sempre em busca de novos sentidos, numa inquietude que lhe assegura manter-se sempre em movimento.
Nessa entrevista informal, com blogueiros poetas e escritores, Cris de Souza revela um pouco de “sua outra metade” e explica que fugir do padrão faz parte de sua essência.

Com vocês, Cris de Souza...
(Tânia regina Contreiras)


RV - Crisântemo, quando a lua cheia invade teu coração e explode tua alma o que fazes? (Domingos Barroso)
CS - Uivo! De verso em verso, de bar em bar, de corpo e alma. A lua cheia faz bem pra pele mas não cobre o vão. Nessas noites costumo alimentar minhas feras nem que seja na jaula. Eis o eterno espanto!
Asterisco: Os bruxos também amam.
RV - Crisântemo, D. Quixote é um louco por vento ou na infância colecionava moinhos? (Domingos Barroso)
CS - Suspeito que Dom Quixote seja louco por epifanias... Quem não vive um romance de cavalaria? Mal sei do vento, mas reconheceria um moinho até debaixo de Sancho Pança...
Asterisco: Cervantes me lembra cerveja- sede não se coleciona. 
RV - A minha primeira abordagem a um blogue centra-se no seu título. O Trem da Lira captou a minha atenção ao sugerir a convergência de duas formas de relação do indivíduo com o mundo, as coisas e si próprio: a viagem e a música. Que papéis representam uma e outra na tua escrita e, mais genericamente, na tua vida? (Jorge Pimenta)
CS - Sou uma viajante por natureza, trago na bagagem um mundaréu de sons. Mas diante da musa poesia o papel da música parece coadjuvante em qualquer terreno. Ainda que dividam o mesmo palco, com tamanha força.  A viagem e a música são rimas de estrofes à deriva escritas nas palmas das minhas mãos.
Asterisco: Nem sempre escuto meus silêncios.
RV - A tua escrita tem uma fulgurância própria que a torna perfeitamente reconhecível entre todas as outras. Constroi-se, habitualmente, sobre um paralelismo fônico muito particular em que um segundo conjunto duplica a cadência do primeiro, assim projetando o dizer para outras dimensões interpretativas. Opção puramente estética, ou hermeneuticamente intencional? (Jorge Pimenta)
CS - Seja na vida ou na arte estou sempre em busca de novos sentidos pra manter-me em movimento. No paralelismo do trem há na lira um tanto de estética, outro tanto de intenção e toda a inquietação do mundo!
Asterisco: As paralelas parecem aquarelas na horizontal.
RV - Cris, conta um pouco de como começou a escrever e o que faz você expressar-se com tanta ousadia no verbo? (Luisa Maciel)
CS - Olhando pro meu próprio umbigo, ouso dizer que comecei a escrever no útero... Desde pequenina tenho essa necessidade de me expressar, comecei pelos famigerados diários e cresci com essa fome-de-lira, escrevendo em folhas, na areia da praia ou até mesmo no vento. Curiosamente meu primeiro poema intitulava-se ”sem inspiração”, pena que as traças o devoraram. Será isso profético?
Asterisco: Nasci em meio a um carnaval recitando “mamãe eu quero mamar.” 
RV - Cris, teus poemas são encantadores e me "pegam" muito pela leveza, pelo ritmo e pela sonoridade que consegue imprimir a eles. Sua Lira tem marca registrada. Mas você divide-os entre dois blogues (O Trem da Lira e Válvula de Escape). Tenho minha opinião sobre isso, mas queria ouvir de você o porquê dessa divisão e qual a diferença do conteúdo desses blogues. Pode ser? Beijo grande, minha querida amiga! (Celso Mendes)
CS - Dividir pra somar! Digamos que no “trem da lira” eu leve a sério a viagem: brinco com a língua – marca registrada do que contrasto; e no “ válvula de escape” a viagem não me leve a sério: a língua brinca comigo- marca revirada do que constato.
Asterisco: É no vai-e-vem que se voa!
RV - Sua inspiração vem de sentimentos ou de idéias? É só quando eles (ou elas) a invadem que escreve – ou você também gosta de tropeçar na semente de um poema enquanto chuta chapinhas pela folha em branco? (Tuca)
CS - De ambos, meu chapa! Minhas ideias são sentimentais, meus sentimentos não sei se ideais... Tenho queda por inversões e desafio as folhas em branco. Quando o meio de campo se embola, um tropeço na semente pode virar um gol de letra – ou não!
Asterisco: Gosto dos que jogam nas onze- sem juízo.
RV - Que importância tem o sexo (o feito, o por fazer ou o apenas desejado) na sua poesia? (Tuca)
CS - Uma importância despudorada! Minha poesia não tem sexo - mas não abro mão das preliminares. No fundo é uma grande perdição.
Asterisco I: Um verso passado que parece provocado: “tropeço num contexto complexo, calçando meu latim sem nome, sem nexo, sem sexo.”
Asterisco II: Um canto russo que parece penetrado:“ sexo verbal não faz meu estilo, palavras são erros e erros são meus, não quero lembrar que eu minto também... “
RV - A leitura de poesia em blogs permite que se conheça o poeta de um modo bem diferente do convencional; o acompanhamos no dia-a-dia da criação, 'folheando' livros que ainda não foram editados.  Em que medida essa, digamos, intimidade precoce (sexo antes do casamento?) te intimida ou estimula? (Wilden Barreiro)
CS - A intimidade com o leitor só me estimula, é meio caminho andado para o ponto g da criação. Caso contrário já tinha pulado o muro ou partido pra outra sem olhar pra trás.
Asterisco: Sexo antes, durante e depois da rima - pra não ter surpresa no verso h!
RV - Existe uma Cris de Souza cujo rosto (ou meio rosto...) está estampado no poema. Essa, nós aprendemos a reconhecer desde os primeiros poemas que lemos. Mas existe outra - ou outras -, que se revela(m) em poemas que fogem ao padrão. São frutos do desejo de experimentar, ou obras da meia-face oculta? (Wilden Barreiro)
CS - Não é oculto que vario feito vinho. Fugir ao padrão é fruto da minha essência. Preciso experimentar novos teores, texturas, tintas... Me buscar entre um verso e outro - pra desviar de mim. Se um dia eu me encontrar devo dar meia volta na poesia.
Asterisco: Às vezes as linhas me passam a régua!
RV - Cris, ao ler tua poesia percebo uma fluência que surge de um trabalho com as imagens. Intencional ou não, gostaria de saber como é o teu processo de criação? (Sandrio Cândido)
CS - Processo sem pé nem cabeça! A inspiração me pega pelos pêlos e me lança nas mãos da criação.
Asterisco: Imagens que voam dão menos trabalho que as de pé no chão.
RV – Por que a poesia é um gênero a ser usado por você, o que ela significa em teu cotidiano? (Sandrio Cândido)
CS - Seria muito clichê dizer que a poesia é o ar que eu respiro? Ao levantar da cama, já dou bom dia ao verso. A poesia é um gênero de gênio forte e de coração frágil. Necessita entrega e cuidados diários: toma conta do meu universo. À poesia me entrego de corpo e alma, porque sempre caio em tentação aos seus pés.
Asterisco: Meu cotidiano foge do plano.
RV - Sua poesia é muito feminina, no entanto não é uma poesia que se submete ao conceito mulher-que-ama-e-só, nos dá uma sensação de que existe uma mulher forte e muito poderosa por trás da escritora. é fato? (Eleonora Duarte)
CS - Não sou de cristal nem de pedra. O ser nem sempre se avalia atrás do verso ainda que a frente esteja a sua fortaleza.
Asterisco: É fato que sensação rima com subversão.
RV – Qual a sua hora criativa? Em que parte do dia você se sente em estado de escrita? (Eleonora Duarte)
CS - Fora de hora! Mas costumo escrever mais a noite, até porque o estado lunático me inspira e me aproxima das criações e constelações mais distantes.
Asterisco: Meus sonhos costumam ser matinais.
RV - Quem mais te feriu, se houve alguém que teve tanta coragem, recebeu o que eu chamo de extrema-unção literária? Ou seja, foi redimido antes da ‘morte’ em um verso seu? (Eleonora Duarte)
(Cris, obrigada, mais uma vez, por ter sido o anjo dos meus dias de janela e solidão. um beijo no seu imenso coração).
CS - Salve-se quem puder! Posso dizer que através da poesia pode-se “preparar a morte” do sujeito sem qualificação- nem sempre com requinte de crueldade. Quem mais me fere sou eu mesmo, mas sempre trato de ter coragem pra me redimir com meu próprio umbigo. Já com o meu “ eu lírico”, parece caso de vida ou morte! Ou talvez de extrema-unção... (Papo de anja: te quero bem)
Asterisco: Voz viva é que se vela!
RV - Cris, você tem olhos misteriosos de felina. Esses olhos gostam de animais, sentem-se íntimos deles? Se você tivesse de se transformar em um animal, que animal seria? (Lelena Camargo)
CS - Minha relação com os bichos é extremamente humana,  tenho um vira-lata que late de barriga cheia e um bando de pombos esfomeados que comem na minha mão. Fora os beija-flores que ganhei no bico doce e o papagaio da vizinha que adotei pelo o assovio. Imagino que eu seria uma espécie de camaleão com asas. Ou qualquer bicho que mude de cor e possa voar... 
Asterisco: Mosca na sopa é um prato cheio pra chamar Raul!
RV -  Cris, quando eu era criança, uma das coisas que eu mais desejava era crescer. Você queria crescer ou queria que o tempo passasse devagar? De que você gostava de brincar? (Lelena Camargo)
CS - Embora uma criança precoce, tive uma infância de prata! Sou nascida e criada na beira do mar, sempre brinquei na praia: mergulhava, nadava, boiava, catava conhincha na areia, sururu na pedra e guruçá. Adorava puxar rede com os pescadores, era manjubinha pra tudo que é lado! Também brinquei muito em parquinho, de pique-esconde, de pega-pega, de cobra-cega, de cirandinha, amarelinha e salada mista- é claro! Mas na surdina me vestia de “mamãe” pra ouvir Elis Regina e já questionava “ deus-e-o-mundo” às claras.
Asterisco: Viva a velha infância!
RV - Qual é o livro da sua vida? E o filme? A música? O pintor? (Lelena Camargo)
CS - Um livro de Mário Quintana, um filme de Nelson Rodrigues, uma música de Chico Buarque de Hollanda e uma pintura de Salvador Dali.
Asterisco: Que momento!
RV - Cris, você acha que existe um sentido na vida ou que a gente vive simplesmente porque tem de ser assim? (Lelena Camargo)
CS - Suspeito que o sentido da vida deva ser o da perdição! Todo mundo há de se encontrar entre os jardim do éden e da babilônia...
Asterisco: Antes assim que assado.
RV – Cris, a primeira vez que te li foi num poema em parceria com o Jorge Pimenta.   Depois tive a oportunidade de conhecer tua escrita, fiquei fã, mas sempre me intrigou o poema escrito a quatro mãos. Sempre tive curiosidade em saber: como é essa experiência, de que forma acontece, como funciona isso? (Tânia Contreiras)
CS - Acontece de forma inexplicável, mas o ponto de partida é o prazer. Duetos são um exercício e tanto, só escrevo com quem admiro. O Jorge Pimenta é meu grande parceiro, temos uma sintonia ímpar, então a poesia flui naturalmente, raramente acertamos uma vírgula dos nossos pares de letras.
Asterisco: São tantas as viagens de luz e sombras.
RV -  A necessidade de escrever do poeta é sinônimo de salvação ou perdição (Adriana Araújo)
CS- Deu zebra! Perde-se é meio caminho andado para salvar-se ou vice-versa.
Asterisco: Qualquer redundância será mera coincidência?
 RV - Acredito que o ritmo dos versos do poeta revela o ritmo de sua respiração, de sua fala, de seus desejos, da forma como ama... Como tu explicarias o ritmo da tua poesia? (Adriana Araújo)
CS - Há dias que o ritmo da minha poesia é mais acelerado que o de uma escola de samba prestes a ser despontuada, já noutros, não passa da lentidão dos relógios duma quarta feira de cinzas apurada.
Asterisco: Ai das rimas do calcanhar!
RV - A poesia é a válvula de escape ou o trem que delira? (Assis Freitas)
CS - Opa, pegadinha do poeta! Estão estranhamente ligadas: a poesia escapa pelo trem da válvula que delira.
Asterisco: Quem dorme no ponto é fantasma!
RV - A palavra bem cuidada é uma especialidade da tua poesia. Quais são os afagos necessários para o verbo florir? (Assis Freitas)
CS - Uma voz, um vinho, um vento; uma pena, uma pluma, uma pérola; uma lente, uma louça, um lenço; um sopro, um sussurro, um suspiro: tantos são os afagos que trago para a floração do verbo - cuidado!
Asterisco: Até susto faz verbo florir.
RV - Cris, eu vejo a poesia como uma grande meditação sobre o humano e também sobre tudo que o cerca. Sua poesia não foge à regra , pois é visível o seu lirismo quase cósmico.   Creio que a poesia, de um modo geral , renova-se , cumpre ciclos e naturalmente ganha um novo marco com o advento de novos poetas. Diga-nos como você enxerga a poesia atual , fale um pouco sobre ela esse ela tem, na sua opinião , qualidade duradoura. (Moisés Poeta)
CS - Andei meditando sobre isso e cheguei a uma contemporânea conclusão: a poesia atual está na “blogosfera”- no duro! Basta olhar pro lado, aqui mesmo nessa sala, há realmente grandes poetas, que fazem poesia de qualidade pra durar por milênios no ar- os quais já consagro. Falando nisso, um brinde a todos os convivas!
Asterisco: Blogosfera> constelação de poetas.
RV - Cris, não é incomum as pessoas associarem estritamente os poemas às vivências reais do poeta.  Se um poema fala da solidão, muitos supõem, por exemplo, que o poeta é um solitário. O que você acha disso? Afinal, escrever poesia é mais sentir ou imaginar sentir? (Marcantonio)
CS - Acho natural essa associação mesmo que não represente a real. Escrever poesia é um tanto de cada, sentimento e imaginação até parecem que caminham de mãos dadas. Sentir o que na pele se imagina. Imaginar o que na pele se sente. Imagino que sinto isso. Sinto que imagino aquilo. Sinto e imagino. Imagino e sinto. Sintamos. Imaginemos.
Asterisco: Quando me sinto em casa não é imaginação!
RV - Quem pergunta é o Mário Quintana: “Exalta o Remendão seu trabalho de esteta.../ Mestre Alfaiate gaba o seu corte ao freguês.../ Por que motivo só não pode o Poeta/ Elogiar o que fez?” – Que tipo de percepção, efeito ou reação ideal você gostaria que seus poemas provocassem no leitor? (Marcantonio)
CS - Algo parecido com o que sinto, quando leio o indevido, seria muita provocação? Provocar é um dos verbos mais instigantes da língua. Gostaria que meus poemas provocassem, ao menos, surpresa. Uma percepção que intrigasse, um efeito que espantasse, uma reação que não esperasse. Provoca-me o verso: o poema há de tocar o leitor feito faca ou flor!
Asterisco: Quem responde é o Mário Quintana:”A função do poeta não é explicar-se. A função do poeta é expressar-se. “


Participaram dessa entrevista: Domingos Barroso, Jorge Pimenta, Luisa Maciel, Celso Mendes, Tuca Zamagna, Wilden Barreiro, Sandrio Cândido, Eleonora Duarte, Lelena Camargo, Tânia regina Contreiras, Adriana Araújo, Assis Freitas, Moisés Poeta e Marcantonio Costa.

14 comentários:

  1. Parabéns a Cris, aos entrevistadores e ao Tuca pela belíssima arte. A entrevista seria postada no Roxo-violeta também, mas o Roxo apresentou problemas técnicos! Valeu a participação de todos!!! Bjos

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  2. Passei para conhecer teu blog,
    adorei aqui.
    beijos e bom fds.

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  3. que sagacidade, sentimento febril e íntima epifania
    ...

    Belíssima entrevista.

    Beijo carinhoso,
    Crisântemo.

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  4. *acasalaram-se em verso e prosa as palavras
    *arredia a rede que teceste em tercetos


    *beijo

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  5. Incrível, não é? A Cris faz poesia até quando é entrevistada. E como cai de tentação aos pés da poesia, não se furta a fazê-lo aqui também. Quanta inventividade verbal e distribuição perfeita de leveza e densidade! Achei sensacional a distinção que ela faz entre o Trem da Lira e O Válvula de Escape. E diria que pelo bom humor, pelo ar travesso, pelas sutis provocações, está mais presente aqui a Cris do Válvula, que com graça, não prescinde, no entanto, de expressar profunda percepção humana.

    E os asteriscos? Bela ideia, são como bônus poéticos, notas que remetem a derivações engenhosas sobre as perguntas.Uma delícia de ler.

    Enfim, vê-se que ela põe em prática a frase de Quintana que cita no final da entrevista: Não explica a poesia, ela a expressa.

    Parabéns a Cris, a você Tânia, por manter o tônus da ideia sempre elevado, e aos entrevistadores.

    Beijos.

    Ps.: Espero que você ainda consiga portá-la no Roxo-violeta.

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  6. Ôpa! Esqueci de dar parabéns ao Tuca pela ilustração! Ótima como sempre.

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  7. magnífica! você se respondeu para mim e aumentou muito o mistério em torno do meu sonho de ti, como cabe a todo bom poeta e inesquecível mulher. um beijo, mil beijos.

    tuca, que ilustração fantástica!

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  8. Criatura maravilhosa, sublime essa Cris :) Está super tarde, mas eu tinha de ler a entrevista antes de dormir. Amanhã (hoje durante o dia) volto a comentar. Parabéns, menina querida :) Parabéns a todos e muitos para a Tânia, peste baiana incontrolável :)

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  9. Belíssima entrevista poética. Adorei conhecer a Cris.
    Encontro feliz! #Viva a poesia dos blogs!

    Abraços!

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  10. OI CRIS!
    LI TUA ENTREVISTA E TE CONHECI UM POUCO.
    VOU TE SEGUIR E VOLTAR.
    http://zilanicelia.blogspot.com/
    ABRÇS

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  11. A imagem que veio foi múltipla = imagens.
    Li aqui extrema coragem na autenticidade , li a menina na praia, mas vou te falar do que mais ficou, embora não seja no âmbito da poesia como se costuma chamá-la - até porque não se incomodará - já que tudo pra ti é poesia .
    Ficou em mim a imagem de uma menina-moça moleca , embaixo do Sancho Pança, debulhando tesouros do mar ao mesmo tempo em que com estes tesouros, criando a arma perfeita prá furar a barriga do Sancho e com a sensação de vitória, encher o peito de ar e expirando depois, mover os moinhos . Há é claro um sentido figurado nisso e foi o que vi -
    Talvez não seja poético , talvez não seja o que espera ler mas é o que ficou .
    O inusitado . De você mesma!

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  12. Repito com prazer:

    Amei tudo! Muito obrigada por tantas e tantas palavras generosas. Esse é um momento que levarei pra sempre comigo.

    Tuca, você arrasou mais uma vez, me revelou. Te dou maior cartaz!

    Tania, sua abertura não ficou atrás, me identifiquei muito.

    E os entrevistadores me deram pano pra manga...

    Enfim, foi o máximo!

    Beijo a todos.

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  13. O Marcantonio já disse tudo. Parabéns, Cris, pela grande performance***. Parabéns, Tânia, pela introdução e edição inspiradíssimas!

    Beijos

    ***Exclamações asterísticas.

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