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Canto III
XIII
Uma
janela aberta
e um
simples rosto hirto,
e que provavelmente
nela se debruçou;
e nesse gesto puro
do rosto na janela
estava todo o poema
que ninguém escutou;
só a janela aberta
e o espaço dentro dela
.que o tempo atravessou.
Jorge de Lima . . .
Imagem: uma das dezenas de colagens
que o poeta produziu em sua fase surrealista e que publicou, juntamente com
outras 51, no livro “A pintura em pânico”.
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Essa mulher me olha e ELA SABE.
ResponderExcluirBela postage, seu Tuca! E vc está devendo umas boas histórias por aqui, no Mínimo...estamos aguardando...
ResponderExcluirBeijos,
Se ela não te olhasse e se não soubesse disso, Jenny, eu não a teria postado!
ResponderExcluirDevo e não nego, Tânia. Pago quando me lembrar que boas histórias são essas...
Eu releio o Invenção de Orfeu há 25 anos sem nunca tê-lo lido na ordem dos cantos, sempre em leituras expedicionárias. Será um livro sem fim para mim, por misterioso que é. Mas raramente se vê um poeta tão intenso em imaginação.
ResponderExcluir"Um monstro flui nesse poema
feito de úmido sal-gema.
A abóbada estreita mana
a loucura cotidiana.
Pra me salvar da loucura
como sal-gema. Eis a cura".
Sem palavras, demasiada beleza.
ResponderExcluirLeituras expedicionárias... é isso, Marcantonio!
ResponderExcluirTambém leio a Invenção de Orfeu, assim como o Livro do Desassossego, em expedições. É uma forma mágica de ler, porque os livros nuncam acabam.
Excelente entrada, no conocía su obra y me parece francamente interesante lo que subes.
ResponderExcluirCordiales saludos