Porque teimas em florir em verdes campos desertos, singela planta comestível, se não é esse teu papel. Porque te embelezas, se na natureza apenas o caldeirão quente dos temperos te espera?
Germinas em fecunda terra, de agua e sol te alimentas e transformas um reino noutro , sem pedir licença a um Deus para dares vida ao inerte.
Quem te disse que as flores te transformam em algo que não és? Tu, nutriente enterrado em raizes que pouco mais fazes que chamar a atenção para que te venerem, não percebes que o teu verdadeiro valor se perde em vão, quando é nas fomes que alimentas que tens teu dom.
Perco palavras contigo nobre couve, quando apenas em silêncio me escutas, ignorando meus pensares. E em silêncio permaneces, ornamentada com flores perenes que te alimentam a vaidade e apenas me enchem o olho, quando é verdadeiro o alimento que preciso.
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
Monólogo de uma cultura florida.
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E que floresça sempre...
ResponderExcluirBonito!
Beijos!
Lou, pobre couve arrasado!
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