sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

O meu vestido de festa


                    Quem me dera ter um vestido que me flutuasse pelo mundo como o da Tania, esse nosso mundo que nos prega peças e nos divide em  pedaços e nos veste mais de azul do que de terra; quem me dera ter em mim um único mapa, um único céu de nuvens e de estrelas do mar, da noite e de amigos; quem me dera ter um vestido de moça e não de boneca, de luxo ou de lixo, e que me deixasse com a cintura fina e  elegante, oh, Tania, que elegância tem o seu vestido! O meu, talvez, me empacote e me deixe sem curvas, redonda, gordinha como o globo terrestre, o nosso danado globo terrestre, nem sempre tão afetuoso e  nem sempre tão vitorioso como esse nosso outro movido a teclados e a uma incomensurável força de vontade, de zelo e de escritas.

3 comentários:

  1. Lindo Bípede! Adorei o texto e a imagem. Este mundo que você criou é lindo, sim senhora.
    Bj
    Estrela

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  2. Mas Le, já és tão bem vestida de cores, de alegria, de poesia, de amor... Sei não, acho-te
    assim irradiante, sem brincadeiras!
    O teu "vestido" está subjacente no que acabaste de escrever. Aliás, o teu "guarda-roupa" é lindíssimo! Quem me dera...!

    Beijos

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  3. Bípede, você foi mais fundo, eu precisei encher de bolas pra flutuar, o seu flutua sozinho e redondinho! :-)
    Beijos

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